O presbitério “não está de férias” e os meios digitais “são um campo aberto e a potenciar mil e uma iniciativas”
Braga, 18 Abr 2020 (ECCLESIA) – O Arcebispo de Braga, D. Jorge Ortiga, publicou, este sábado, uma nota pastoral dirigida aos padres onde refere que o confinamento que se vive “não impede um contacto” entre o presbitério.
No isolamento experimenta-se que “a vida tem sentido quando conjugada em comum e o presbitério é esta graça de ser corpo unido na oração e comunhão”, escreveu o Arcebispo de Braga
A pastoral tem “muitas dimensões” e “também, agora, teremos de cuidar das ovelhas com toda a solicitude” e “de modo diferente” porque o presbitério “não está de férias”, lê-se na nota.
Algo “de novo deve acontecer como desafio suscitado por esta pandemia” porque “talvez, até agora, a pastoral tenha sido demasiado burocrática e predominantemente sacramental”.
“Os meios da era digital são um campo aberto e a potenciar mil e uma iniciativas”, escreveu D. Jorge Ortiga.
A prioridade é intensificar “a relação com todos os paroquianos” visto que “o funcionamento da comunidade não pode ser interrompido”
“Há grupos, serviços, ministérios e movimentos que esperam por formação”, alertou o arcebispo de Braga.
Com o recurso aos meios de comunicação, “hoje é possível concretizar novas iniciativas”, sublinhou.
O momento presente exigir três opções fundamentais; “Recuperar a família como «Igreja doméstica» e extrair daí todas as possibilidades que esta realidade encerra”; “A paróquia deverá sair e ir ao encontro dos necessitados, tornando-se, na linguagem de São Bartolomeu dos Mártires, verdadeiros «hospitais de Deus» e, segundo o Papa Francisco, «hospitais de campanha» e “é chegada a hora de universalizar estas práticas informáticas na parte organizativa dos cartórios paroquiais, assim como na dinâmica das comunidades”, lê-se no documento.
Ao nível de orientações pastorais “muito concretas”, D. Jorge Ortiga realça que é fundamental “seguir tudo” que é determinado “pelas autoridades civis” e não se pode “interpretar subjetivamente” nem dar-se a aventuras.
Quanto à catequese, “não se pode deixar de descobrir modos de a ir concretizando” e “a criatividade pode sugerir muita coisa”.
Em relação à celebração dos sacramentos e da liturgia, esta está “condicionada pelo confinamento” que deve “respeitar, evitando toda e qualquer celebração comunitária”.
“As festas (Primeira Comunhão, Profissão de fé, festas dos santos), procissões e peregrinações, em princípio devem ser suspensas e, se conveniente, adiadas para o princípio do próximo ano pastoral e o mesmo deverá acontecer com os crismas programados para este Verão”, lê-se na nota pastoral de D. Jorge Ortiga.
LFS