Covid-19: «A fé, o serviço e o silêncio» de São José para «combater» a pandemia

D. Joaquim Mendes evocou exemplo de um santo que guarda as pessoas e a Igreja

Lisboa, 19 mar 2020 (Ecclesia) –D. Joaquim Mendes, bispo auxiliar de Lisboa, destacou hoje que “a fé, o serviço e o silêncio” de São José, “um grande crente, modelo de uma fé difícil, forte, grande”, para o isolamento social imposto pelo coronavírus Covid-19.

“Como São José, também nós, por vezes, somos confrontados com situações inesperadas que nos confundem, nos deixam apreensivos, perplexos, assustados, como a situação que estamos a viver, que altera os nossos projetos, põe em causa as nossas seguranças, pede-nos sacrifícios e convoca-nos à responsabilidade comum para combater o vírus que compromete toda a vida da nossa comunidade, a vida de todos nós”, disse, na Eucaristia a que presidiu na capela da sede do Grupo Renascença Multimédia.

Na homilia enviada à Agência ECCLESIA, D. Joaquim Mendes refere que São José ensina a “transformar” a atual situação social numa “oportunidade de fé, de crescer na fé e de confiar na providência amorosa de Deus”, que nunca abandona.

Sobre a dimensão do “serviço”, o responsável realçou que São José “colocou a sua vida à disposição de Deus”, e serviu com amor, “cuidando da família que Deus lhe confiou, acompanhando-a e garantindo-lhe sustento e proteção” e pode ser inspirador para todos.

“A situação que estamos a viver faz-nos descobrir a nossa vulnerabilidade e como dependemos uns dos outros, como precisamos uns dos outros, de todos, para vencer as dificuldades”, explicou o presidente da Comissão Episcopal do Laicado e Família, pedindo que se procure “o bem de todos, numa solidariedade coletiva, sem reservas”.

Por último, D. Joaquim Mendes destacou o silêncio “de quem não fala ou fala pouco, mas faz” de São José, que é também “presença, comunhão” e “vale mais do que muitas palavras”.

“O isolamento que estamos a viver pode ser uma boa oportunidade para descobrir e saborear o valor do silêncio, da interioridade, da oração e experimentar a presença de Deus que conforta, consola, dá esperança”, desenvolveu.

Para o bispo auxiliar de Lisboa, a Quaresma, de preparação para a festa da Páscoa, e a quarentena, pela saúde pública para contenção do Covid-19, pode tornar-se numa “oportunidade” de interioridade, para analisar “a vida e os relacionamentos com Deus e com os irmãos”.

“Um tempo para fazer do amor em família e do amor aos outros o melhor «vírus» capaz de combater todos os outros e não deixar que a doença alastre e contamine”, afirmou D. Joaquim Mendes, na Eucaristia que é transmitida pela internet todos os dias da semana a partir da capela da Rádio Renascença, em Lisboa.

A Igreja Católica celebra hoje a solenidade litúrgica de São José e a Comissão Episcopal do Laicado e Família de Portugal, da qual D. Joaquim Mendes é presidente, enviou uma mensagem a todos os pais convidando-os a “reinventar a convivência familiar”, no contexto das circunstâncias familiares geradas pela pandemia Covid-19.

CB/OC

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