Cortes sociais: Cáritas e Misericórdias temem aumento do número de pobres

A Caritas Portuguesa e a União das Misericórdias alertam para as consequências das novas e mais apertadas regras de atribuição dos subsídios sociais, no âmbito do plano de austeridade do Governo.

Eugénio da Fonseca, presidente da Caritas, entende que o país atravessa dificuldades, mas a solução não pode ser esta: “Não há dúvidas que Portugal tem que encontrar medidas para sair da situação grave em que se encontra em termos económicos. Agora, não me parece que isso tenha que ser feito prioritariamente, para não dizer exclusivamente, à conta daqueles que já sofrem na sua vida as agruras da privação de recursos que permitam o acesso a bens essenciais à subsistência”.

“Estou convencido que nos iremos deparar nos próximos tempos com os reflexos destes cortes, que se vão traduzir na procura, sobretudo, das instituições particulares de solidariedade social”, adverte, em declarações à RR.

Na mesma linha de opinião está Manuel Lemos. O presidente da União das Misericórdias prevê uma subida do número de pobres.

“Nenhum Governo toma estas medidas sem ser forçado, medidas deste género são sempre más, como é óbvio. Tudo aquilo que retire direitos nas áreas sociais, nomeadamente, aos grupos mais  desfavorecidos é sempre mau. Estas medidas vão fazer com que aumente, por um lado, o número das pessoas que não têm nada e vai fazer diminuir, acreditamos que significativamente, o número das pessoas e a percentagem daquilo que elas podem comparticipar”, refere Manuel Lemos.

As novas regras de atribuição dos subsídios sociais entraram em vigor a 1 de Agosto.

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