Correr para conviver e construir uma Igreja

No próximo dia 3 de Junho vai correr-se pela construção da futura Igreja de Nossa Senhora dos Navegantes. Vai na sua sexta edição, aquela que começou por ser uma iniciativa nascida de um conjunto de paroquianos que, há seis anos atrás, avaliando a necessidade de realizar alguns eventos, não apenas de carácter religioso, mas também social, e até lúdico, decidiu organizar a Corrida do Oriente. “É uma forma de dar também a conhecer a zona do Parque das Nações e possibilitar a confraternização e construção de comunidade”, sublinha à Agência ECCLESIA o Pe. Paulo Franco, pároco da comunidade. Os lucros destinam-se à construção da nova Igreja, sendo que uma percentagem destina-se, todos os anos, a uma instituição de solidariedade social. Este ano essa percentagem será entregue à Ajuda de Berço. Recentemente realizou-se o referendo sobre o aborto e “visto que a nossa posição não muda, não pretendemos que esta marca na defesa da vida termine com as campanhas, mas queremos antes continuar a acompanhar a vida, da forma mais concreta, na ajuda a instituições que promovem a defesa da vida e que lutam para que o aborto não aconteça”. A comunidade reúne-se em torno das instalações provisórias e congrega-se para o mais cedo possível ter uma Igreja definitiva, apenas prevista para 2014. Por força do crescimento da comunidade paroquial, vão já nas “segundas instalações provisórias”. Pensando que daqui a alguns anos “o espaço que temos também já não responda, queremos nessa altura ter a Igreja construída”, explica o Pároco. A união de esforços é, em si, “um sinal de uma comunidade que caminha. Há um bom envolvimento e compromisso por parte dos paroquianos”. A ser construída na zona residencial norte, “onde está a maior comunidade humana residente no parque das nações”, a nova Igreja está orçada em seis milhões euros. “Neste momento não temos nada, apenas o suficiente para ir pagando o projecto”, acrescenta o pároco. Não se trata só de construir a igreja, mas também “temos que pagar o projecto, pagar o terreno, que não é barato”. O Pe. Paulo Franco acredita que este “deve ser tanto um projecto da comunidade local que deve encontrar forma de o financia”, pois será também um benefício para a própria comunidade, enquanto factor de crescimento, facto que, acrescenta “tem acontecido”. As inscrições estão ainda abertas, quer para o percurso de 10 quilómetros, como também para “o correr para conviver”, um percurso mais pequeno de dois quilómetros. A expectativa de participação anda pelas 2000 pessoas.

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