D. Manuel Linda presidiu à Missa da solenidade, antes de procissão pelas ruas da cidade

Porto, 19 jun 2025 (Ecclesia) – O bispo do Porto presidiu hoje à Missa da solenidade do Corpo de Deus, convidando a superar divisões e promover a “fraternidade” na sociedade.
“Ao alimentarmo-nos de Jesus, participamos do seu amor mais forte do que a morte, esse amor que reverte a divisão em fraternidade e nos faz sentir a todos como se fossemos apenas um com Deus e com os irmãos”, referiu, na homilia da celebração a que presidiu na Catedral diocesana.
A intervenção, citada pela Rádio Renascença, sublinhou que celebrar o Corpo de Deus é “um ato significativo que interliga o passado com o presente e os projeta no futuro”.
“Hoje, quase sempre ligamos a memória a uma recordação ou conjunto de factos e datas do passado. E dizemos que alguém tem boa memória se conseguir armazenar uma grande quantidade de dados. Como a memória de um computador. Mas não é esse o sentido bíblico”, indicou.
Não se trata, portanto, de um convite a ritualizar um gesto isolado do passado, mas de reviver, por inteiro, o seu significado salvífico e contínuo. Deste modo, o passado irrompe no presente e fermenta-o como força libertadora de futuro. Celebrar esse acontecimento é, portanto, um ato significativo que interliga o passado com o presente e os projeta no futuro.”
A solenidade do Corpo e Sangue de Cristo celebra-se no 60.º dia após a Páscoa, uma quinta-feira, ligando-se assim à Última Ceia; nos países onde não é feriado civil, a celebração assinala-se no próximo domingo.
“Jesus está no centro e o que Ele distribui não é algo de vulgar, mas o seu próprio ser de união e concórdia”, indicou D. Manuel Linda.
As dioceses portuguesas celebram esta quinta-feira a solenidade litúrgica do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, conhecida popularmente como Corpo de Deus, uma festa com raízes medievais.
A partir das 16h00, o bispo do Porto vai presidir à procissão do Corpo de Deus que começa no Largo e termina no Terreiro da Sé.
A procissão com o Santíssimo Sacramento é recomendada pelo Código de Direito Canónico, no qual se refere que “onde, a juízo do bispo diocesano, for possível, para testemunhar publicamente a veneração para com a santíssima Eucaristia faça-se uma procissão pelas vias públicas, sobretudo na solenidade do Corpo e Sangue de Cristo”.
OC