Corpo de Deus: Bispo do Funchal pediu «revolução eucarística» para mundo que «gira à volta do dinheiro, do poder ou do prazer»

Tapetes de flores embelezaram procissão, na capital madeirense

Funchal, Madeira, 09 jun 2023 (Ecclesia) – O bispo do Funchal apelou a uma “revolução eucarística”, num mundo que “gira à volta do dinheiro, do poder ou do prazer”, falando na homilia da celebração da solenidade do Corpo de Deus.

“Precisamos — cada um de nós e todos como sociedade — de nos deixarmos tocar e transformar por este Jesus que passa pelas ruas da nossa cidade”, declarou D. Nuno Brás, na homilia da Missa a que presidiu na Praça do Município, com a presença de centenas de participantes.

“Estamos habituados a que o mundo gire à volta do dinheiro, do poder ou do prazer. É assim o modo de viver do nosso tempo, que há muito abandonou a consciência de viver na Presença de Deus. Precisamos de um mundo novo que viva à volta da Presença de Deus”, acrescentou.

O bispo do Funchal criticou o que designou como “cultura da morte”, indicando que a fé cristã aponta a “uma vida para sempre”.

“Precisamos que a Presença de Jesus na Eucaristia nos ajude a respeitar melhor o mundo por Ele criado, e colocado à nossa disposição a fim de crescermos interior e exteriormente no Seu louvor, mostrando e proclamando as Suas maravilhas”, disse ainda.

Nesta celebração, que contou com a presença de representantes de autoridades civis, militares, do clero e de D. António Carrilho, bispo emérito, foram ainda instituídos vários novos ministros extraordinários da Comunhão.

Após a Missa decorreu a procissão até à Catedral do Funchal, em ruas decoradas com tapetes de flores, este ano realizados pelas paróquias do Curral das Freiras, Graça e Visitação, Assomada e Achada de Gaula, Feiteiras, Rosário e Lameiros, Ponta Delgada, Boaventura e Fajã do Penedo, informa o ‘Jornal da Madeira’.

A solenidade do Corpo e Sangue de Cristo celebra-se no 60.º dia após a Páscoa, uma quinta-feira, ligando-se assim à Última Ceia; nos países onde não é feriado civil, a celebração assinala-se no próximo domingo.

Esta festa terá chegado a Portugal nos finais do século XIII e tomou a denominação de Corpo de Deus.

O Papa Urbano IV, em 1264, tornou-a obrigatória para a Igreja universal e o Papa João XXII, em 1318, determinou que a celebração fosse celebrada com procissão solene pelas ruas, como profissão pública de fé na presença real de Cristo na Eucaristia.

OC

 

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Agência ECCLESIA

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