Coreia do Sul: «Reconciliação e a paz» entre as duas Coreias estão na visita do Papa

Francisco vai estar na Ásia nos dias 14 a 18 de agosto

Cidade do Vaticano, 08 ago 2014 (Ecclesia) – O diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé revelou, esta quinta-feira, que um dos propósitos da viagem de Francisco à Coreia do Sul é a “reconciliação e a paz” tendo como gesto principal a Missa de Encerramento.

“Efetivamente pensa-se na divisão, haverá uma missa dedicada à paz e à reconciliação. A presença e a atenção espiritual são evidenciadas sem outros atos particulares", comentou o padre Federico Lombardi sobre a possibilidade do Papa ou a Santa Sé entrarem em contacto com o regime da Coreia do Norte.

O diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé referiu aos jornalistas, na conferência de imprensa de apresentação da viagem à Coreia do Sul, que a reconciliação e a paz entre as duas Coreias é um dos temas principais da viagem do Papa e acrescentou que o Vaticano, na península coreana, é representado pelo cardeal de Seul, que é também o vigário apostólico de Pyongyang.

“Consequentemente, em si, é a autoridade eclesiástica competente para esta área. Portanto, não é necessária uma intervenção do Vaticano para dizer o que precisa ser feito em Pyongyang”, desenvolveu o sacerdote esta quinta-feira, sala João Paulo II, no Vaticano.

O padre Federico Lombardi sobre as autoridades de Pyongyang, Coreia do Norte, terem recusado a participação de uma delegação do país na Eucaristia do dia 18 de agosto, na Catedral de Myeong-dong, em Seul disse que não fecham “portas a outras eventuais iniciativas e possibilidades” que os coreanos “saberão criar melhor”.

O diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé acrescentou que a viagem do Papa Francisco vai ter também como temas principais a VI Jornada asiática da Juventude, com jovens de 23 países asiáticos e a beatificação de 124 mártires coreanos, fundadores da Igreja na Coreia.

Durante os quatro dias da visita à Coreia do Sul, o Papa Francisco vai proferir 11 discursos, 4 em inglês e os restantes em italiano, informa o portal News.VA.

Na Eucaristia de encerramento, no dia 18 de agosto, vai participar uma delegação da "comfort women", uma associação de mulheres que foram vítimas de abusos dos soldados japoneses durante a II Guerra Mundial.

"O facto de estarem presentes já é um reconhecimento bastante significativo, e isso foi o que também propuseram os organizadores locais. Essas iniciativas não são provenientes do Vaticano, trata-se de responder a propostas e de aceitá-las de bom grado", revelou o padre Federico Lombardi.

Na viagem entre a Itália e a Coreia do Sul, o avião do Papa vai sobrevoar a China e tradicionalmente, nas viagens internacionais, o Vaticano envia um telegrama às autoridades desses países.

O sacerdote apenas comentou que “sempre” deram os “textos dos telegramas” à comunicação social e nesta viagem não vai ser diferente: “Se houver um telegrama para a China vão ver o que diz.”

Sobre a possibilidade de Francisco visitar o Japão, o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé comentou que não pode “fantasiar” (inventar) e que atualmente estão a ser preparadas as visitas a Tirana, capital da Albânia, ao Sri Lanka e às Filipinas em janeiro de 2015.

News.VA/CB

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Agência ECCLESIA

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