Cidade do Vaticano, 13 ago 2014 (Ecclesia) – O secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, afirmou que a mensagem do Papa na viagem apostólica à Coreia do Sul, que hoje se inicia, é para todos os países do continente asiático.
“Diria que a importância desta viagem está ligada essencialmente a três fatores: pela primeira vez o Papa vai ao Extremo Oriente, uma região do mundo que adquire uma relevância cada vez maior na política e na economia mundial”, começou por explicar o cardeal Parolin, em entrevista ao Centro Televisivo Vaticano.
O segundo fator de destaque da viagem à Coreia do Sul é a mensagem que ultrapassa fronteiras, por isso, Francisco vai “dirigir-se a todos os países do continente asiático” através da “celebração da Jornada Asiática da Juventude”, onde vão participar jovens de 23 países.
No terceiro aspeto, o secretário de Estado do Vaticano destaca o encontro de Francisco com os jovens que representam o futuro: “O Papa dirige-se ao futuro deste continente, dirige-se ao futuro da Ásia.”
Para o cardeal Pietro Parolin, o Papa vai pedir aos jovens que “se tornarem protagonistas da vida da Igreja” através de “uma presença ativa, participativa, de colaboração e de corresponsabilidade” contrária às ofertas efémeras “da sociedades e do mundo”.
Francisco vai encontrar-se com os jovens, que participam na VI Jornada asiática da Juventude, no Santuário de Solmoe, esta sexta-feira, festa da Assunção de Nossa Senhora, e depois, no domingo, preside à Missa de encerramento deste encontro, no Castelo de Haemi.
Na visita apostólica o Papa Francisco vai beatificar este sábado 124 mártires da Igreja coreana, da primeira geração de cristãos naquele país asiático, na Porta de Gwanghwamun, em Seul, a capital sul-coreana.
Para o cardeal Pietro Parolin, o facto deste grupo ter apenas um sacerdote é para os jovens o testemunho que “na Igreja todos são chamados a colaborar na missão de anunciar o Evangelho” e todos são “chamados à santidade”.
O secretário de Estado do Vaticano destacou também que a Santa Sé está empenhada pela paz na península coreana que ainda “é afetada por muitas tensões” e “precisa de reconciliação”, disse à Rádio Vaticana.
Nesse sentido, o Papa Francisco vai celebrar uma Missa pela Paz e Reconciliação, a 18 de agosto, último dia da visita, na Catedral de Myeong-dong, em Seul.
“Creio que a viagem ajudará também no sentido de continuar nessa obra de solidariedade – em prol das populações que se encontram necessitadas – e de favorecer espaços de comunicação e de diálogo”, comentou o responsável.
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