Península vive ameaça de conflito nuclear
Lisboa, 06 abr 2013 (Ecclesia) – O presidente da Conferência Episcopal da Coreia apelou ao Papa Francisco para que intervenha junto dos governantes da península e os convide a “trabalhar pela paz”, travando a ameaça nuclear de um conflito entre Norte e Sul.
“O sentimento dominante no povo sul-coreano não é tanto o medo, mas antes a angústia e a amargura, perante esta situação: a guerra seria hoje uma catástrofe para todos, com as armas letais que existem”, declara à Agência Fides, do Vaticano, D. Peter Kang U-il, bispo de Cheju e presidente do organismo episcopal católico.
Este responsável agradeceu a intervenção do Papa no Domingo de Páscoa, quando pediu “paz para a Ásia, sobretudo na península coreana” e deixou votos de que Francisco se dirija a “todos os responsáveis da Coreia, Rússia, Estados Unidos da América, China” para lhes pedir que trabalhem “seriamente pela paz”.
Em finais de março, a Coreia do Norte ameaçou realizar um ataque nuclear “preventivo” contra os Estados Unidos e anunciou ter entrado em estado de guerra com a Coreia do Sul.
D. Peter Kang U-il admite que a população teme a “possibilidade de uma nova guerra” que seria um “desastre total e poderia destruir o povo coreano, no Sul e no Norte”.
Segundo o Bispo, o comportamento da Coreia do Norte deriva da grave situação económica interna: “O jovem presidente Kim (Jong-un)e os líderes militares precisam de encontrar um inimigo externo, neste contexto”.
O Papa Francisco pediu na sua primeira mensagem de Páscoa que os coreanos superem as “divergências” e promovam “um renovado espírito de reconciliação”.
Também o arcebispo de Seul, D. Andrew Yeom Soo-jung, aproveitou a Páscoa para se afirmar que “a paz é mais necessária do que nunca”.
OC