COP30: Cáritas Brasileira apresenta «vozes, saberes e lutas», em vídeos sobre justiça socioambiental

Organização quer mobilizar a sociedade na «defesa dos territórios» e na «urgência» de ações concretas

Brasília, 21 out 2025 (Ecclesia) – A Cáritas Brasileira está a destacar as vozes, os saberes e as lutas “dos povos e comunidades tradicionais dos biomas brasileiros, em especial a Amazónia”, em vídeos, curtas-metragens e de animação, publicados online, no âmbito da COP30.

“As produções buscam sensibilizar e mobilizar a sociedade em torno da justiça socioambiental, da defesa dos territórios e da urgência de ações concretas frente às emergências climáticas”, explica a diretora-executiva da Cáritas Brasileira, na página na internet da organização da Igreja Católica.

Segundo Valquíria Lima, os lançamentos dos vídeos reforçam o compromisso da Cáritas “com a incidência por políticas públicas” que coloquem a vida e a dignidade humana “no centro das decisões sobre o futuro do planeta”.

A Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30) vai decorrer entre os dias 10 e 21 de novembro, na cidade brasileira de Belém, no Pará.

A Cáritas Brasileira está a publicar os vídeos neste mês de outubro e novembro, nas suas páginas no YouTube e nas redes sociais, o primeiro vídeo, intitulado ‘Por um Clima de Justiça Socioambiental’, é uma curta que revela como as mudanças climáticas têm “transformado o quotidiano de comunidades ribeirinhas e indígenas na Amazónia”.

A organização católica brasileira produziu também uma série de cinco vídeos animados sobre mudanças climáticas, “com linguagem acessível e foco educativo”, que abordam “temas urgentes ligados à justiça socioambiental” nas diferentes regiões do Brasil.

A primeira animação mostra o contexto das emergências climáticas, “o papel das comunidades nas soluções” e as posições da Cáritas Brasileira rumo à COP30, depois, vai abordar as chuvas intensas no sul, “os desastres e as estratégias comunitárias”, enquanto no norte do país lusófono, evidência “os desafios dos protocolos de consulta” face aos grandes empreendimentos.

“Do sudeste, discute os impactos socioambientais da mineração, e do nordeste, traz à tona o debate sobre transição energética justa e racismo ambiental”, adianta, sobre estes conteúdos animados que reforçam a importância de “colocar em discussão a relação entre clima, desigualdade e direitos humanos”, e convida à ação coletiva por “um futuro mais justo e sustentável”.

Segundo a Cáritas, com a realização da COP30 na Amazónia brasileira, na cidade de Belém, no Pará, cresce também a responsabilidade de” garantir que esse processo deixe um legado concreto para a região”, especialmente para os povos e comunidades tradicionais.

A organização católica exemplifica ainda que o projeto ‘Amazónia Bem Viver: Comunidades Resilientes’, realizado desde 2024, tem-se “consolidado como um espaço de formação, mobilização e defesa de direitos na Amazónia”.

“A iniciativa fortalece comunidades amazónicas na proteção de seus territórios, no enfrentamento das mudanças climáticas e na preservação da biodiversidade. Como parte das ações de visibilidade e incidência, será lançado durante a COP30, um vídeo institucional sobre o projeto, com depoimentos e imagens das comunidades participantes”, destaca a Cáritas Brasileira.

Foto: Vatican News

No dia 13 de outubro, o Papa Leão XIV recebeu o presidente do Brasil no Vaticano, e Luiz Inácio Lula da Silva convidou o pontífice a participar na Conferência sobre as Alterações Climáticas de 2025 (COP30), em novembro.

A Cáritas Brasileira publicou também o ‘Documento de Posições da Cáritas Brasileira para a COP30: Por uma transição justa, inclusiva, popular e democrática’, com propostas concretas.

No Brasil, a Igreja Católica, no contexto da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025, reuniu-se numa plataforma de ação, intitulada ‘Igreja Rumo à COP30: articulação por Ecologia Integral e Justiça Climática’, que tem na coordenação a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Conferência dos Religiosos do Brasil, o Movimento Laudato Si’, a Cáritas Brasileira e a Rede Eclesial Pan-Amazónica (REPAM) – Brasil.

CB/OC

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