COP28: Grupo de Santa Isabel publica declaração sobre crise climática

Documento pede fim da exploração de combustíveis fósseis e apoio aos países mais pobres

Foto: Lusa/EPA

Lisboa, 29 nov 2023 (Ecclesia) – O Grupo ‘Cuidar da Casa Comum em Santa Isabel’ (Lisboa) escreveu uma declaração sobre a crise climática onde pede aos governantes portugueses que vão estar na COP28 que defendam o planeta terra.

“A aceleração da transição energética, garantindo um acordo global sobre uma data para o termo da exploração dos combustíveis fósseis, pondo fim à exploração/extração do carvão até ao final do próximo ano” é um dos pontos da declaração, enviada hoje à Agência ECCLESIA.

O grupo promoveu, na noite de 24 para 25 de novembro, no adro e Igreja de Santa Isabel, uma vigília de 13 horas que pretendeu criar na sociedade portuguesa “um sobressalto quanto à urgência de se agir para salvar o planeta e defender a vida”.

Através de reflexões, análises, testemunhos, experiências e propostas, os participantes ficaram a entender melhor” a génese da gravíssima crise climática que enfrentamos, bem como o contexto desfavorável em que emerge a COP28”.

Os signatários defendem também “a criação de mecanismos adequados de controlo, revisão periódica e sanção das violações das metas estabelecidas pelas partes, com ampla publicitação dos balanços periódicos realizados”.

Ao longo daquelas horas meditou-se também sobre os sete objetivos Laudato Si propostos pelo Papa Francisco “a favor da ecologia integral” e reforçou-se a convicção “quanto a urgência dramática da ação pessoal, coletiva e universal para travar o aquecimento global”.

“A dotação generosa do Fundo de Compensação de Perdas e Danos e a sua operacionalização transparente e imediata. O fundo deve estar rapidamente disponível e facilmente acessível aos países mais pobres para os compensar pelos danos causados pelas emissões de gases com efeito de estufa com origem nos países mais ricos e para se adaptarem às alterações climáticas por elas provocadas” é outro ponto da declaração sobre a crise climática.

Os compromissos e objetivos, ainda que “absolutamente urgentes e necessários”, só ganham o seu “inteiro significado no quadro da adesão a uma cultura que rompa com o paradigma tecnocrático, permitindo pensar e planear um futuro para todos com base numa equação que inclua recursos globais e objetivos de vida”, lê-se.

O documento considera fundamental colocar como eixo central de toda a ação “a preocupação sincera com a casa comum e o cuidado com a promoção dos descartados da sociedade”.

LFS

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