COP28: «É o momento de começarmos a traduzir em decisões e gestos concretos o que foi acordado» – Comissão Nacional Justiça e Paz

Organismo católico interpela cidadãos a assumirem desafios, «sempre atentos aos mais frágeis»

Lisboa, 15 dez 2023 (Ecclesia) – A Comissão Nacional Justiça e Paz (CNJP), da Igreja Católica em Portugal, desafiou os cidadãos à mudança de “estilos de vida” e à atenção aos “mais frágeis”, numa nota divulga hoje por ocasião do final da COP 28.

“A necessidade de mudança nos estilos de vida, dando lugar à sobriedade e promovendo o exercício do cuidado da casa comum, revela-se fundamental neste caminho. A resposta articulada ao nível das nações é indispensável, e tem de ser exigida por parte de todos os cidadãos, mas não chega, devendo ser complementada e incentivada pelo compromisso de cada um”, refere o documento, enviado à Agência ECCLESIA.

A 28.ª Conferência da ONU sobre Alterações Climáticas terminou com a aprovação do acordo que prevê o abandono dos combustíveis fósseis; a COP28 realizou-se de 30 de novembro a 13 de dezembro, na Expo City do Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

Na nota intitulada ‘Temos uma grande responsabilidade’, o organismo de leigos católicos assinala que este é o momento de começar “a traduzir em decisões e gestos concretos o que foi acordado”.

A CNJP “interpela todos os cidadãos” a que, na medida das suas possibilidades, possam assumir a parte que lhes compete para que se possa “encarar, de um modo responsável, os desafios, estando sempre atentos aos mais frágeis”.

O Papa Francisco, que foi aconselhado pelos médicos que o acompanham a evitar a viagem à COP28, devido a problemas pulmonares, foi representado pelo secretário de Estado do Vaticano que, no dia 2 de dezembro, leu a mensagem do pontífice na Cimeira do Clima no Dubai.

A CNJP de Portugal termina a sua nota, divulgada por ocasião da conclusão dos trabalhos da COP 28, a destacar o apelo do Papa no texto que foi lido pelo cardeal Pietro Parolin, afirmando que é também esse o seu “apelo” e o “compromisso que assume”.

“Com veemência, vos peço: escolhamos a vida, escolhamos o futuro! Escutemos os gemidos da terra, dêmos ouvidos ao grito dos pobres, prestemos atenção às esperanças dos jovens e aos sonhos das crianças! Temos uma grande responsabilidade: garantir que não lhes seja negado o próprio futuro”, destaca a Comissão Nacional Justiça e Paz do discurso do Papa lido no Dubai.

CB/OC

 

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Agência ECCLESIA

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