Cáritas Internacional e CIDSE vão promover marchas pela mudança um pouco por todo o globo
Cidade do Vaticano, 28 nov 2015 (Ecclesia) – A Cáritas Internacional e a CIDSE, que representam 180 organizações católicas de todo o mundo, esperam que a conferência do clima em Paris abra espaço a uma visão humana que “não deixa ninguém para trás”.
Num comunicado partilhado através da internet, os dois organismos apelam a um acordo que conduza a “uma maior justiça global” e à redução das “desigualdades e sofrimentos” das pessoas.
Algo que está dependente também da forma como os países querem lidar com a questão das “alterações climáticas”, salientam.
A Conferência da ONU sobre as Mudanças Climáticas, mais conhecida como COP 21, vai ter lugar entre 30 de novembro e 11 de dezembro, na capital francesa.
Paralelamente a este evento, a Cáritas Internacional e a CIDSE – Aliança Internacional das Organizações Católicas para o Desenvolvimento vão participar numa iniciativa sobre o impacto das mudanças climáticas na Oceânia e na Região da Amazónia, dia 7 de dezembro.
Os dois organismos estão convictos de que “se o problema das alterações climáticas for encarado com base na proteção dos direitos humanos”, a cimeira será um passo fundamental rumo à “erradicação da pobreza, da fome e da desigualdade”.
Para o secretário-geral da CIDSE, Bernd Nilles, isso implicará a tomada de decisões que apontem para a “descarbonização da economia global até 2015”.
Significará também privilegiar o uso das energias renováveis, em detrimento de outros recursos nocivos para o ambiente, como o petróleo.
“As energias sustentáveis devem estar acessíveis a todos, como parte de um plano a longo-prazo que impeça o crescente aquecimento do planeta”, pode ler-se.
A Cáritas Internacional e a CIDSE vão também promover dezenas de marchas, um pouco por todo o globo, como forma de sensibilizar a opinião púbica para as mudanças climáticas, incluindo em Espanha, Itália e França.
Os atentados terroristas que abalaram recentemente a capital gaulesa não foram esquecidos pelos dois organismos católicos.
“Os nossos corações estão com as vítimas desses ataques e com as suas famílias, enquanto nos preparamos para a COP21”, frisou o secretário-geral da Cáritas Internacionalis, Michel Roy.
JCP