Paris, 01 dez 2015 (Ecclesia) – O secretário de Estado do Vaticano recordou os objetivos que o Papa considera “prioritários” para a Cimeira do Clima – “aliviar os impactos das mudanças climáticas; combater a pobreza e elevar a dignidade humana” – esta segunda-feira, em Paris.
O cardeal Pietro Parolin explicou a 195 chefes de Estado que um “acordo global e transformador”, para o Papa Francisco, deve firmar-se em “três pilares”, começando por uma “orientação ética clara”.
Neste contexto, e porque são as pessoas mais vulneráveis que “sofrem as consequências das alterações do clima”, sem serem “as responsáveis”, o acordo dever ser marcado pela “solidariedade global, pela responsabilidade comum e diferenciada de cada um”.
O segundo pilar indica que todos os envolvidos – governos; autoridades; mundo empresarial; comunidade científica e sociedade civil – “precisam praticar uma economia com baixo consumo de carvão” apostando no desenvolvimento humano integral.
Desta forma, desenvolveu o secretário de Estado da Santa Sé, os países mais ricos “devem dar bom exemplo” ajudando os mais pobres a “desenvolver energias renováveis”, cuidar das florestas, administrar positivamente o transporte e os resíduos.
Neste item, apelo ainda à aplicação de “programas sustentáveis e diversificados de segurança alimentar”, bem como o “combate ao desperdício de alimentos”.
Por último, o cardeal Pietro Parolin destacou que a COP-21 é “apenas uma etapa” e o Papa pede que o acordo final preveja “mecanismos de controlo dos compromissos assumidos, transparentes, eficazes e dinâmicos”.
No campo da educação e da formação é necessário “aplicar modelos de produção e consumo sustentáveis” assimilando um novo estilo de vida e “longos processos de regeneração”, acrescentou o cardeal italiano citando a Encíclica ‘Laudato si’ (n. 202).
RV/CB