Padre Sebastião Joseph foi “muito bem aceite” em todas as comunidades e já não se sente estrangeiro
Fátima, 05 out 2021 (Ecclesia) – O padre Sebastião Joseph, Missionário do Verbo Divino, é de naturalidade indiana mas há 19 anos acolheu Portugal como “destino de missão” e disse à Agência ECCLESIA que já “não se sente um estrangeiro”.
“Fui muito bem aceite em todo o lado, nunca senti discriminado, Portugal é muito acolhedor e das comunidades onde estive também, por isso tenho uma impressão muito positiva do povo português, eu já não me sinto um estrangeiro”, afirma à Agência ECCLESIA.
O Missionário do Verbo Divino sente-se “integrado” e só quando fala é que se recorda que, “por não falar muito bem”, não é português, uma vez que se sente “bem inserido na cultura e religiosidade do povo”.
O religioso entrou na congregação há 33 anos com o objetivo de ir em missão para África mas, ainda no tempo de formação, apontaram-lhe outro destino.
“Na formação disseram que a Europa também é campo de missão e veio o pedido para Portugal, eu e outro colega viemos conhecer o país, a cultura e religiosidade do povo, acabámos cá os estudos e fomos colocados como missionários em Portugal há 19 anos”, recorda.
O padre Sebastião aprendeu português e terminou a sua formação na Universidade Católica, em Lisboa, de onde saiu para Tortosendo, na diocese da Guarda, para o seminário da congregação.
“Estive lá oito anos, com a responsabilidade de visitar escolas e falar das missões, e organizar encontros com adolescentes, depois fui colocado em Nisa, no Alto Alentejo como pároco in solidum e seguiu-se Minde, onde estou há sete anos”, conta.
No seu destino de missão, Portugal, o consagrado sente que “há falta de padres” ou “estão envelhecidos” e, com o seu carisma, tenta “dar relevo à Palavra de Deus” nas comunidades por onde vai passando.
Olhando as mudanças que vai vivendo, o padre Sebastião afirma que, “depois de deixar a família na Índia, ficam treinados para as mudanças frequentes”, e estar nesta comunidade perto do Santuário de Fátima sente ser “uma bênção”.
“Estamos perto de Fátima e, no centro paroquial, acolhemos peregrinos, sobretudo em maio e outubro, mihares de peregrinos e é um autêntico serviço que temos oferecido, ficam mesmo felizes e eu vejo a fé deste povo, que carregam uma espiritualidade mariana forte”, sublinha.
As «Conversas na ECCLESIA» desta semana trazem experiências missionárias que pode acompanhar online de segunda a sexta-feira, pelas 17h00.
SN