Ricardo e Maria João Amantes, e as suas três filhas, pararam o ritmo que tinham e valorizaram momentos e partilhas
Almada, 22 jun 2021 (Ecclesia) – Ricardo e Maria João Amantes, pais de três filhas, afirmaram à Agência ECCLESIA que, do tempo de pandemia “nem tudo foi mau” e a família conseguiu “valorizar momentos e partilhas” parando o “ritmo” que tinham.
“Acho que fica aqui o conhecimento que nem tudo foi mau, conhecemos uma realidade, parámos o ritmo que tínhamos, valorizámos coisas que fazíamos, sentimos saudades de outras coisas, tentámos falar muito nisso em família, principalmente nas refeições”, explica a mãe Maria João.
Já o pai Ricardo acrescenta que apesar da aprendizagem houve “momentos complicados e com stress” mas também a “partilha de coisas” que não se apercebiam, “não tinham um acompanhamento tão presente, designadamente às miúdas”.
Com três filhas, a frequentar o 1º, 3º e secundário, a gestão familiar teve de ser adaptada, “a viver num apartamento”, destacando a ajuda de todos e onde a “varanda foi também espaço de brincadeiras” da mais nova.
Apesar de haver “os meios tecnológicos instalados” para as aulas online, o primeiro confinamento a família Amantes teve um momento de “apreensão e novidade”, e contou com o “apoio da escola” que consideram “fantástico”.
“Tentava ir buscar exemplos para lhes dar a ver situações muito mais problemáticas do que estávamos a viver, para elas acalmarem e perceberem que estávamos a viver o que o mundo estava a viver, sem problemas acrescidos, não tínhamos perdido o emprego, não tínhamos familiar internados nem ninguém que tivesse apanhado Covid com complicações”, refere a mãe.
Maria João ficou em teletrabalho, partilhando a sala com a filha mais nova, a frequentar o primeiro ciclo, enquanto que as mais velhas, Maria e Beatriz, “já mais autónomas” faziam o seu estudo.
Ricardo Amantes, “bem otimista”, reconhece a situação que viveram em família de forma “organizada e inovadora” e aponta o futuro da filha mais velha, que vai ingressar no ensino superior.
“Estamos felizes, houve o suposto baile de finalistas, que foi só uma cerimonia organizada na escola, estávamos tristes porque não pudemos assistir, mas felizes por ela”, assume.
As «Conversas na Ecclesia» desta semana têm o mote do final de ano letivo, vão percebendo as várias realidades e os efeitos da pandemia, de segunda a sexta-feira, às 17h00 no site ECCLESIA e às 22h45 no programa de rádio da Antena 1.
SN