Conversações de paz avançam no Uganda

As conversações de paz entre o governo do Uganda e o Exército de Resistência do Senhor (LRA em inglês), então no bom caminho e não há motivo para preocupação, declarou ao repórter de “Além-Mar” o Conselheiro da Delegação de Paz do LRA. James Obita explicou que a delegação do LRA encontrou algumas inconsistências no ponto número dois da agenda das conversações e tem estado ocupada a preparar um texto para ser apresentado aos parceiros da delegação do Governo ugandês. A delegação do LRA permaneceu durante alguns dias no hotel onde está hospedada em Juba. A sua ausência do local onde as conversações decorrem levantou dúvidas sobre as intenções dos rebeldes. O Conselheiro da Delegação de paz do LRA disse que os delegados estão interessados no sucesso das negociações e explicou que os rebeldes necessitavam de algum tempo para elaborar o documento. A permanência no hotel não tem nada a ver com o ataque das forças ugandesas contra os rebeldes no condado de Magwi, Estado de East Equatoria, no Sul do Sudão, «em violação do cessar-fogo que as partes assinaram», explicou. As conversações de paz para o norte do Uganda foram retomadas em Juba, capital da região semi-autónoma do Sul do Sudão, na quinta-feira, 26 de Abril, depois de um interregno de quatro meses.. Riek Machar, vice-presidente do governo do Sul do Sudão, é o negociador principal. Representantes da África do Sul, Moçambique, Quénia, RD Congo e Tanzânia, da sociedade civil e religiosa Acholi, da Pax Christi e da Comunidade de Santo Egídio, integram o grupo de mediação.As conversações tinham sido iniciadas em Julho do ano passado para pôr termo a 20 anos de atrocidades, morte e destruição no Norte do Uganda, no Sul do Sudão e no leste da RD Congo. As Nações Unidas calculam que cerca de 25,000 crianças foram raptadas pelo LRA desde 1987 para combaterem nas fileiras dos rebeldes ou serem escravas sexuais dos comandantes. O governo Norte-Americano diz que pelo menos 12 mil pessoas foram mortas nos ataques e muitas mais pereceram de doenças e mal nutrição. Mais de um milhão e meio foram desalojados e vivem em campos de deslocados internos.

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Agência ECCLESIA

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