Centenas de pessoas lotaram ontem o Convento de Montariol para participarem na missa e distribuição do Pão de Santo António. Depois da procissão, que percorreu as imediações da casa franciscana em Braga, e da celebração eucarística, os devotos beijaram a relíquia do padroeiro principal da cidade de Lisboa e receberam, de forma simbólica, um pequeno pão. Frei Perdigão disse ao Diário do Minho que «foram confeccionados 600 pães», um número que acabou por não conseguir responder à procura dos devotos. De acordo com o religioso, o «acto simbólico foi restaurado em Montariol há quatro anos» e a secular caixa das esmolas, cuja colecta se destina aos pobres, foi colocada na igreja apenas há três anos. Numa alusão à distribuição do Pão de Santo António, o franciscano contou que «não têm passado por Montariol muitos pobres… devido à pobreza envergonhada que persiste no nosso meio». Ontem, foram muitos aqueles que participaram na missa, presidida pelo provincial dos franciscanos em Portugal, frei Vítor Melícias. Frei Perdigão não se mostrou surpreendido com tamanha afluência e justificou mesmo a presença de muitos jovens na celebração com a existência, nas décadas de 70 e 80 do século passado, da juventude antoniana, que se reunia no templo franciscano. «As reuniões chegavam a contar com três mil jovens, que, por não poderem aceder à clausura do convento, permaneciam na igreja. Por isso, é que o templo é tão grande», explicou o religioso, acrescentando que o Agrupamento 660 de Montariol é outra «herança» desse período.
