Contra o Muro de Israel

A decisão do governo israelita de separar com um muro os territórios palestinianos tem vindo a provocar uma série de protestos. Neste momento a construção já atingiu a cidade de Belém. “Franciscans International”, a organização da família franciscana para a justiça e paz, formulou um apelo ao protesto formal contra tal iniciativa israelita, fazendo referência à oposição do Patriarca latino de Jerusalém, D. Sabbah e do Custódio da Terra Santa, Pe. Battistelli. A primeira consequência deste muro seria, segundo estas posições, “cercar e isolar” um grupo de 60 famílias cristãs que vivem na cidade de Belém, junto do túmulo de Raquel. Amjad Awwad, uma dessas pessoas, demora apenas um minuto para atravessar a rua em direcção ao mini-mercado onde trabalha. Quando o plano israelita se concretizar esse percurso poderá levar uma hora: “passaremos a viver numa prisão, vou precisar de uma autorização especial para atravessar os postos de controlo israelita e poder chegar ao outro lado do muro”, lamenta este cristão greco-ortodoxo. O relato da “Franciscans International” revela que “as famílias ficarão privadas de todos os serviços e apenas irão dispor de uma pequena passagem no muro de 8 metros de altura que separa a cidade de Belém de Jerusalém e dos outros territórios”. Uma carta dirigida ao primeiro-ministro Sharon exige que se ponha fim “ao cerco e isolamento em que se encontram encarcerados os cristãos”:

Partilhar:
Scroll to Top