Contra o monopólio do Estado

A arte de educar “abrange quase o infinito” por isso “ninguém pode fugir à missão educativa” – realçou o Pe. Amadeu Pinto, director do Colégio de S. João de Brito, no Fórum «Risco de Educar». Na conferência com o mesmo título do fórum, este sacerdote jesuíta começou por fazer uma distinção dos conceitos que englobaram a temática central: “risco, educar, missão, ensinar, instruir e valores”. Depois da conceptualização, o conferencista alertou as centenas de participantes – a maioria pedagogos – para a disponibilidade “pronta e gratuita para ajudar uma pessoa a crescer”. O conteúdo real da comunicação “é mais do que se vê” por isso “exige verdade neste desafio” e um convite “para o compromisso”. Sem valores “vive-se à deriva” Ao centrar a conferência no «risco de educar», o Pe. Amadeu Pinto realçou que este “risco é um desafio e que exige esperança e confiança”. Porém, “há o perigo do insucesso” visto que é um risco. Na linha dos desafios, os professores são chamados para “tarefas difíceis da missão” de educar até porque não há “projectos educativos neutrais”. A construção da sociedade “depende do factor educativo” e este deve “ser verdadeiro para que a sociedade não seja «mal criada»”. Só assim temos um “futuro mais justo” – disse. Como a educação “assenta na transmissão de valores”, os educadores devem abraçar os projectos educativos como uma “vocação” neste tempo onde “desvalorizar, chacotear e escarnecer a autoridade e esforço” é uma constante. “Perdeu-se a capacidade de ir ao fundo das coisas” mas a educação exige convicções e “opções profundas” – sublinhou o conferencista. E adiantou: “os pais têm de ter igualdade de oportunidades” e o “Estado não pode ter o monopólio do ensino”. Ao olhar para o sistema de ensino vigente, o director do Colégio de S. João de Brito frisou que “soa a falso” (porque nele pouco se ensina e tudo se conjuga para facilitar), “é minimalista” (facilita uma avaliação redutora) e rejeita a mudança. Amadeu Pinto diz que “não nota mudanças” porque ”falta vontade política ou então incompetência”. Apenas se mudam roupas “e de marcas caras”, ironizou. A formação integral da pessoa Humana – dimensão pessoal, dimensão social, dimensão religiosa – é uma tarefa urgente. Só assim se criam “personalidades fortes e ricas” – concluiu. Notícias relacionadas • Dossier sobre o Educação Cristã • Educação

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