Construir uma coligação contra a pobreza

Encontro na Tânzania promovido pela Caritas Europa vai discutir formas de ajuda sustentável A pobreza na Tânzania e nos países circundantes, só poderá ser erradicada se os governos,cooperantes e organizações da sociedade civil trabalharem em conjunto. Os participantes na Conferência organizada pela CIDSE (Cooperação Internacional para o Desenvolvimento e Solidariedade) em parceria com a Cáritas Europa, que hoje começou em Arusha, na Tanzania, e se prolonga até ao dia 16, irão partilhar experiências e discutir formas de melhorar a colaboração nas novas linhas do desenvolvimento. As duas organizações católicas para o desenvolvimento recebem 30 delegados da Tanzânia, Quénia, Malawi, Uganda e Zâmbia, para além de representantes da sociedade civil provenientes de nove países europeus, responsáveis oficiais dos governos e instituições, tais como o Banco de Desenvolvimento africano e da União Europeia. Em 2004, o Banco Mundial entregou mais de metade (52,2%), e a Comissão Europeia mais de uma terça parte (35,1%) da sua ajuda directamente aos governos. Os subsídios do Apoio Directo são um instrumento de fácil manejo para os doadores, sendo de esperar que sejam mais eficazes que os programas e projectos de ajuda, em especial acerca de custos de transacção, posse, responsabilidade e coordenação dos doadores. Nas mudanças que a ajuda internacional encontra, as organizações da sociedade civil, enquanto canais efectivos de ajuda e vigilância, terão um papel importante para assegurar que esses recursos são empregues em favor dos pobres. Mesmo assim, a maioria dos países de ajuda, tem registado pouco ou uma ajuda inexistente entre os governos do Sul e as organizações civis locais. Se as medidas adequadas não forem tomadas, as têndencias podem enfraquecer a parceria, frágil mas importante, entre os doadores e a sociedade civil. Governantes e doadores, sejam da Europa, América do Norte ou África, deviam abstenha-se de fugir das organizações civis de sociedade. Se querem realmente melhorar as condições dos pobres, têm de aceitar a visão das organizações locais e levar em conta as suas experiências”, explica Piet Spaarman, responsável pelo sector de ajuda de emergência e reconstrução do CORDAID, um membro alemão da CIDSE e da Caritas Europa. Baraka John Mwabenga, secretário executivo da MIICO na Tânzania, acrescenta que “todos os dias, as organizações da sociedade civil providenciam ajuda a favelados nos Centros de Sáude. Durante todo o ano, as organizações civis desenvolvem métodos de cultivo alternativo com agricultores para assegurar alimentos suficientes para as famílias. As organizações civis sabem como promover o desenvolvimento da forma mais sustentável e eficaz”. Mais informações em www.caritas-europa.org

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Agência ECCLESIA

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