Constituição Europeia e a referência às raízes “judaico-cristãs”

Os chefes da diplomacia dos Quinze e dos 10 países que irão aderir à UE em 2004 preparam nesta segunda-feira a reunião de chefes de Estado e de Governo que, no próximo sábado, em Roma, irá lançar os trabalhos da conferência intergovernamental (CIG) para decidir o texto do futuro Tratado Constitucional Europeu. Um dos temas que ainda gera divisões é a possibilidade de uma referência às raízes cristãs do Velho Continente. A presidência italiana e os “grandes”, principalmente a Alemanha e a França, pretendem que a CIG termine rapidamente sem que se introduzam muitas alterações ao actual projecto de Constituição. Esse não é o entendimento de todos os países de “pequena” e “média” dimensão, como Portugal, nem da Espanha e da Polónia. O plenário do Parlamento Europeu rejeitou na passada semana a inclusão no texto da futura Constituição da União Europeia (UE) de uma referência às raízes “judaico-cristãs” da Europa. A proposta foi rejeitada por 283 votos. Recebeu o apoio de 211, enquanto que 15 eurodeputados se abstiveram. A votação tinha por objectivo esclarecer a posição do Parlamento Europeu perante a Conferência Inter-governamental.

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