Consolata: Religiosos usam projeto de agricultura para abrir portas

Quinta do Castelo acolhe hortas comunitárias

Cacém, Lisboa, 12 abr 2014 (Ecclesia) – O responsável pela Quinta do Castelo, dos Missionários da Consolata, Vítor Raposo, considera que o projeto de agricultura que está a ser desenvolvido no Cacém abrange as vertentes “missionária, pastoral e comunitária”.

“Este projeto tem uma vertente missionária, pastoral porque é um espaço cedido para retiros e outros encontros e comunitária onde se enquadram por exemplo as hortas mas não só porque tudo o que ali é feito e produzido visa o apoio de uns aos outros, de partilha e de comunidade”, disse à Agência ECCLESIA.

A Quinta do Castelo, dos Missionários da Consolata, está enquadrada numa zona urbana entre Oeiras e Cacém, no Concelho de Sintra, junto a uma das estradas mais movimentadas do país, o IC19.

Com aproximadamente 55 mil metros quadrados de área total, possui uma casa principal e vários edifícios de apoio à quinta, onde se encontra uma horta comunitária, e vários espaços disponíveis para realizar atividades várias como: retiros, encontros, festas de aniversário, acampamentos, acantonamentos, workshops e outros.

Ali cada pessoa pode alugar o seu espaço e “esse espaço pertence-lhe sendo que o que lá produz é seu e o seu trabalho da produção desses bens também” mas o objetivo passa também pelas pessoas que partilham este espaço que se quer “comunitário, de partilha e amor” se encontrem e se sintam “como uma família”.

“Gostamos que quando alguém tem excedentes os cedam para festas comunitárias, almoços ou jantares que se promovam em alguma paróquia. É bom que isso aconteça e que por exemplo quando há desperdícios estes sejam dados aos animais que aqui vivem na quinta também”, sublinha Vítor Raposo em declarações à Agência ECCLESIA.

Para já são 25 as hortas que ali se cultivam mas a Quinta do Castelo conta com espaço para que possam ser 60.

Silvério Gonçalves, de 54 anos, é responsável por uma dessas hortas e considera que o que ali cultiva biologicamente “é completamente diferente dos alimentos comprados”.

“Esta iniciativa das hortas foi das melhores coisas que os Missionários da Consolata fizeram, tudo o que daqui sai é espetacular”, relata.

Este projeto pretende ir ao encontro das necessidades da comunidade, através de um leque variado de atividades para todas as idades que pretendem “estimular a criatividade, fortalecer as relações familiares, combater o isolamento social, promover saúde e bem-estar, proporcionar momentos de fé e aumentar a qualidade de vida”, revela o portal da internet da iniciativa. 

LS/MD

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Agência ECCLESIA

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