Primeiro-ministro italiano também marca presença na cerimónia de criação de 22 novos cardeais
Octávio Carmo, enviado da Agência ECCLESIA ao Vaticano
Cidade do Vaticano, 18 fev 2012 (Ecclesia) – O dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Paulo Portas, e o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República do Brasil, Gilberto Carvalho, lideram duas das 11 delegações oficiais presentes no Consistório de hoje, no Vaticano.
A cerimónia para a criação de 22 novos cardeais, presidida pelo Papa, vai contar ainda com a presença do primeiro-ministro italiano, Mario Monti, do presidente de Malta, George Abela, e de ministros da República Checa, Espanha, Canadá e Índia, revela a Santa Sé, em nota distribuída aos jornalistas.
O embaixador norte-americano no Vaticano, o presidente da Câmara de Berlim (Alemanha) e o grão-mestre da Ordem Soberana de Malta são outras presenças anunciadas.
Esta é a quarta vez que Bento XVI convoca um Consistório (o último tinha sido em novembro de 2010), com o qual vai perfazer um total de 84 cardeais criados (63 com direito a voto).
Entre os cardeais escolhidos estão o português D. Manuel Monteiro de Castro, penitenciário-mor da Santa Sé, e o brasileiro D. João Braz de Aviz, prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica.
As celebrações no Vaticano são acompanhadas por cerca de 500 jornalistas acreditados pela Santa Sé.
A partir de hoje, o colégio cardinalício passa a ter representantes de 70 países, 51 dos quais com cardeais eleitores.
Os 125 cardeais com menos de 80 anos ficam assim distribuídos geograficamente: Europa, 67 (53,6%); América Latina, 22, e América do Norte, 15 (29,6%); África, 11 (8,8%); Ásia, 9 (7,2%); Oceânia, 1 (0,8%).
Segundo os últimos dados disponibilizados pelo Vaticano, no ‘Anuário Pontifício’ 2011, existem no mundo 1181 milhões de católicos, distribuídos percentualmente da seguinte maneira: América, 49%; Europa, 24%; África, 15%; Ásia, 11%; Oceânia, 1%.
A Itália tem o maior número de eleitores (30); seguem-se EUA (12), Alemanha e Brasil (6 cada), Espanha (5), Índia, França, México e Polónia (4 cada).
Estes países totalizam 75 cardeais com direito a voto, número próximo dos 83 (maioria de dois terços) necessários para a eleição pontifícia.
OC