Consistório 2019: Novo cardeal português é visto como «pensador e construtor de pontes» (c/vídeo e fotos)

Ministra da Justiça e presidente do Governo Regional cumprimentaram D. José Tolentino Mendonça

Cidade do Vaticano, 05 out 2019 (Ecclesia) – A ministra portuguesa da Justiça, Francisca Van Dunen, saudou hoje no Vaticano o novo cardeal D. José Tolentino Mendonça, elogiando o seu perfil de pensador e “construtor de pontes”

“O cardeal Tolentino Mendonça não é apenas um católico, não é apenas um religioso, é alguém que pensa, é um pensador e é um construtor de pontes, quer do ponto de vista ecuménico, quer do ponto de vista do diálogo inter-religioso”, disse aos jornalistas a representante do Governo, no Palácio Apostólico, após o consistório em que o arquivista e bibliotecário da Santa Sé foi criado cardeal.

Van Deunen destacou a presença do cardeal madeirense “noutros mundos, o mundo da Cultura, mundos onde tem intervenção”.

“Nós precisamos hoje, mais do que nunca, de gente que pensa. Ao pensar, ele obriga-nos a ir atrás dele, a refletir sobre as coisas numa altura em que o mundo se tornou tão instantâneo e em que nós reagimos tanto por impulso que quando o lemos temos tendência a ir atrás dele”, prosseguiu.

A ministra da Justiça entende que este momento “enche de júbilo quer a Igreja e os católicos portugueses, quer as mulheres e homens amantes da justiça e da paz por este mundo”.

Já o presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, destacou a figura do novo cardeal como alguém que vê na Cultura “fonte de comunhão e intercâmbio entre os povos”.

“Ele é sobretudo um homem do mundo. É um português, mas é um homem do mundo pela sua dimensão intelectual, pela sua capacidade de encarar a cultura como uma fonte de comunhão e intercâmbio entre os povos. É um homem cosmopolita, do mundo e, por isso, é que é um homem da Madeira, que a Madeira está sempre aberta ao mundo”, referiu.

D. Américo Aguiar, bispo auxiliar de Lisboa, sustentou que D. José Tolentino Mendonça é “um homem de Deus, reconhecido por todas as áreas da nossa sociedade, ultrapassa fronteiras, ultrapassa linhas vermelhas, é um homem do diálogo, do conhecimento, da academia, dos símbolos, e por isso é um homem todo o terreno”.

“O Papa escolheu-o e ele ultimamente tem escolhido homens transversais; é uma figura muito importante, certamente que no futuro muito vamos esperar dele”, acrescentou.

A cerimónia pública de criação de cardeais levou ao Vaticano outros responsáveis da Igreja Católica em Portugal: D. Manuel Clemente e D. António Marto; D. Nuno Brás, bispo do Funchal, e os seus dois predecessores, D. António Carrilho e D. Teodoro de Faria; e o bispo de Bragança-Miranda, D. José Cordeiro, antigo reitor do Colégio Pontifício Português.

OC

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Agência ECCLESIA

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