Consistório 2015: Papa reforça papel das «periferias» no Colégio Cardinalício

Lista de novos cardeais inclui prelados de Cabo Verde, Etiópia, Mianmar, Panamá, Tonga, Tailândia e Vietname

Cidade do Vaticano, 14 fev 2015 (Ecclesia) – O Papa vai criar hoje 15 novos cardeais eleitores, a 14 de fevereiro, numa lista que, além do patriarca de Lisboa, inclui prelados de Cabo Verde, Etiópia, Mianmar, Panamá, Tonga, Tailândia e Vietname, entre outros.

À imagem do que aconteceu em 2014, no primeiro consistório do pontificado, Francisco reforça a presença das ‘periferias’ da Igreja Católica no Colégio Cardinalício, no qual vai diminuindo o predomínio da Europa e da Cúria Romana.

“No próximo dia 14 de fevereiro terei a alegria de levar a cabo um consistório, durante o qual vou nomear 15 novos cardeais, os quais, provenientes de 14 nações de todos os continentes, manifestam o laço inquebrável entre a Igreja de Roma e as Igrejas particulares presentes no mundo”, disse o Papa a 4 de janeiro, após a recitação da oração do ângelus, perante milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro.

Dos novos cardeais, apenas um integra a Cúria Romana: D. Dominique Mamberti, antigo secretário do Vaticano para as relações com os Estados e atual prefeito do Supremo Tribunal da Assinatura Apostólica.

D. Manuel Clemente foi o segundo nome a ser anunciado e um dos quatro prelados de dioceses europeias, somando-se a D. Ricardo Blázquez Pérez, arcebispo de Valladolid (Espanha) e aos italianos D. Francesco Montenegro, arcebispo de Agrigento (responsável pelo território de Lampedusa), e D. Edoardo Menichelli, arcebispo de Ancona.

A lista inclui os arcebispos D. Berhaneyesus Demerew Souraphiel, de Adis Abeba (Etiópia); D. John Atcherley Dew, de Wellington (Nova Zelândia); D. Pierre Nguyên V?n Nhon, de Hanói (Vietname); D. Alberto Suárez Inda, de Morelia (México); D. Charles Maung Bo, de Rangum (Mianmar); D. Francis Xavier Kriengsak Kovithavanij, de Banguecoque (Tailândia); D. Daniel Fernando Sturla Berhouet, de Montevideo (Uruguai).

O Papa vai ainda criar cardeais os bispos D. José Luis Lacunza Maestrojuán, de David (Panamá); D. Arlindo Gomes Furtado, de Santiago de Cabo Verde; e D. Soane Patita Paini Mafi, de Tonga, que aos 53 anos será o mais jovem membro do Colégio Cardinalício.

Além dos 15 eleitores, Francisco decidiu criar cinco cardeais com mais de 80 anos de idade, reconhecendo “a sua caridade pastoral no serviço à Santa Sé e à Igreja”: D. José de Jesús Pimiento Rodríguez, arcebispo emérito de Manizales (Colômbia); D. Luigi De Magistris, italiano, pró-penitenciário-mor emérito; D. Karl-Joseph Rauber, alemão, antigo núncio apostólico; D. Luis Héctor Villalba, arcebispo emérito de Tucumán (Argentina) e D. Júlio Duarte Langa, bispo emérito de Xai-Xai (Moçambique).

Entre estes cardeais constam os dois membros mais jovens do novo Colégio Cardinalício: D. Soane Patita Paini Mafi, bispo de Tonga, com 53 anos de idade; e D. Daniel Fernando Sturla Berhouet, arcebispo de Montevideu (Uruguai), de 55 anos.

A idade média dos 15 cardeais eleitores nomeados pelo Papa neste segundo consistório é de 67,3 anos.

O Colégio Cardinalício vai passar a contar com 227 membros (125 eleitores e 112 com mais de 80 anos), dos quais 13 são oriundos de Igrejas lusófonas (7 com direito a voto num eventual Conclave): seis do Brasil, três de Portugal, dois de Moçambique, um de Angola e um de Cabo Verde.

A distribuição geográfica dos cardeais eleitores num eventual Conclave será a seguinte: Europa – 57; América – 36 (17 do Norte e 19 latino-americanos); África – 15; Ásia – 14; Oceânia – 3.

Os nove países mais representados entre as 59 nações com eleitores no novo Colégio Cardinalício representam mais de metade (68) dos seus elementos: Itália – 26, Estados Unidos da América – 11, Espanha – 5, França – 5, Índia – 5, Alemanha – 4, Polónia – 4, Brasil – 4 e Canadá – 4.

OC

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Agência ECCLESIA

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