Lisboa, 15 jul 2011 (Ecclesia) – O presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social pede uma “consciência profética” que denuncie formas “absolutamente criminosas de especulação e corrupção que podem alterar e desgastar as economias reais”.
Em declarações à Agência ECCLESIA, D. Carlos Azevedo realça também que é fundamental uma “mudança de mentalidade” e a Doutrina Social da Igreja (DSI) é uma “verdadeira proposta de sabedoria”.
Num mundo onde reina o consumismo, o prelado aponta também para a leitura dos mercados que se transformaram “num domínio extra-nacional e de uma autoridade máxima” em que os sistemas políticos “não têm capacidade de regular”.
A defesa dos mais excluídos, para o presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social é uma diretiva urgente porque os sindicatos “ainda representam os que trabalham e em situações de emprego”, mas existe um conjunto de excluídos na sociedade “que não têm quem os represente”.
Com “uma democracia pobre”, os esquemas de representatividade parlamentar “não podem fazer descansar as pessoas”, visto que há muitos grupos sociais que “precisam de alguém que os represente” – acrescentou.
As pessoas devem ser educadas – “um trabalho lento e difícil” – para que consigam sair das situações de pobreza.
LFS