Conhecer realidades e deixar a marca juvenil

Semanas Missionárias dos Jovens Sem Fronteiras são experiências sempre novas Vila de Rei, no distrito de Castelo Branco, aumentou a população recentemente. 24 jovens do Movimento Jovens Sem Fronteiras está, mesmo que temporariamente, na pequena localidade do interior para, junto de crianças e idosos, marcar 10 dias com o seu espírito juvenil. Participar nas semanas missionárias significa sair das suas paróquias e colocar em prática o que se vai falando e trabalhando durante o ano, nas actividades que os JSF desenvolvem nas suas paróquias. Juliana Torres, de 20 anos, explica à Agência ECCLESIA que os jovens têm “uma grande vontade de ajudar o próximo”. E o próximo precisa de ser encontrado nas localidades mais diversas de Portugal. A paróquia e os centros de dia ganham novas dinâmicas com a irreverência dos jovens. Alguns dividem-se pela Santa Casa ou pela Casa do Idoso com vista a animação e programar actividades. O objectivo é que “eles se abstraiam do dia-a-dia e quebrem a rotina”, explica Juliana Torres. Um trabalho que incide na presença e na escuta. João Reis explica que “os idosos gostam muito de estar connosco”. O testemunho jovem e participativo deixa uma marca alegre nos mais velhos também porque “rostos jovens vão escasseando nestas localidades”, lembra o João Reis. O trabalho com as crianças no Centro Social puxa outros tantos JSF. A autarquia organiza actividades de Verão para as crianças, mas já terminaram. Por isso os JSF assumem a dinamização de actividades e “o resultado tem sido muito bom”, dada a afluência de crianças. Ocupação de tempos livres e diversões várias são o convite que chegou a localidades mais distantes do centro de Vila de Rei e a resposta “tem-nos surpreendido”, revela Juliana Torres. Paralelamente, a animação de eucaristia, do terço, a organização de vigílias ou até encontros formativos em terras da periferia para dar a conhecer o trabalho dos jovens compõem as tarefas diárias. A programação da semana missionária foi previamente delineada com o pároco e com os responsáveis das instituições onde os jovens se integraram. Uma preparação que ajudou ao “bom acolhimento que recebemos e que dita também a boa adesão das pessoas à nossas actividades”, explica a Juliana Torres. A responsável explica que, mesmo sendo repetente, “é uma experiência muito gratificante”. A vontade de ajudar os outros é uma presença constante e por isso “é uma alegria estar estes dias aqui e viver coisas que vou recordar”. Também João Reis recorda as vivências de anos anteriores e a vontade de passar por elas novamente, dita que mais uma vez tenha deixado a paróquia do Barreiro para rumar a Vila de Rei e estar 10 dias em acções de voluntariado. Habituado a participar activamente na sua paróquia e nas actividades dos JSF, João Reis aponta que a vivência da semana missionária “confronta-nos com outra realidade, cada localidade é diferente e oferece experiências diferentes”. Cada semana é carregada de expectativas. “Estamos muito animados e a partilha de experiências passadas misturam-se com o desafio do novo”, explica o jovem. A disponibilidade para trabalhar é denominador comum entre todos, que não se conhecendo bem, partilham a vontade de estar junto e marcar o seu Verão com acções de voluntariado. A partilha da realidade de cada jovem mistura-se com o acolhimento que em cada localidade recebem. O João Reis elege este intercâmbio de vivências como o mais marcante nas semanas missionárias. “Vimos para localidades mais rurais e distantes dos centros urbanos e isso dá-me a conhecer outras formas de vida”. Repetente nas semanas missionárias, João Reis explica que cada semana, em cada ano, é uma novidade. O jovem recorda que em 2007 esteve em Bragança a trabalhar com reclusos. “Vivi com pessoas muito diferentes de mim e isso foi muito rico”. Recordações que ficam, fazem-se presentes ao longo do ano e são incentivo para que também outros jovens se entusiasmem por dar o seu tempo aos outros.

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