Congresso Missionário, Oportunidade a Valorizar

Nota Pastoral sobre o Congresso Missionário 2008 Aproxima-se a realização do Congresso Missionário Nacional que terá lugar no Centro Pastoral Paulo VI, em Fátima, de 3 a 7 de Setembro de 2008. Este Congresso é convocado pela Conferência Episcopal Portuguesa e tem por lema mobilizador: “Portugal, vive a Missão, rasga horizontes”. Pretende esta iniciativa da Conferência Episcopal Portuguesa oferecer à Igreja em Portugal uma oportunidade especial para revigorar os dinamismos da Missão que, brotando de Deus Pai, se fazem pessoa em Jesus Cristo e prosseguem, hoje, na Igreja animada pelo Espírito Santo. A Missão é sempre fruto do amor com que Deus nos ama, vivendo em comunhão connosco e fazendo-se doação em benefício de toda a humanidade. A Missão é verdadeiramente o movimento centrípeto do coração da Igreja que se esforça incansavelmente por ser fiel ao seu Senhor, Jesus Cristo. Expressa-se na permuta de dons com que o Espírito Santo a enriquece: pessoas, comunidades, movimentos e associações. Concretiza-se na reciprocidade de bens materiais e espirituais, étnicos e culturais, que se oferecem e recebem. A Missão constitui a prova mais qualificada da fé cristã, a energia mais genuína da esperança apostólica e a ousadia mais criativa da caridade eclesial. O espírito da Missão é o mesmo que tem orientado os nossos trabalhos pastorais, designadamente no ano apostólico, prestes a findar, em que dedicámos uma atenção especial aos mais pobres. Trata-se de viver a comunhão com Deus para nos sentirmos disponíveis e prontos para o serviço requerido pelas necessidades dos nossos irmãos em humanidade. Seja aqui entre nós ou em países distantes. Gozem de bens materiais que se apoderaram do coração ou estejam no limiar da pobreza. Tenham para com Jesus Cristo um sentimento difuso ou um amor apaixonado capaz do maior heroísmo. O Congresso faz-nos percorrer os caminhos da Missão, aqui e agora. O seu programa apresenta a designação das temáticas, todas sempre oportunas, e o nome de qualificados especialistas. Todavia, o grande protagonista de toda a acção da Igreja, sobretudo missionária, é o Espírito Santo que, desde já, invocamos para que nos conceda a todos a sua graça, multiplique em nós os seus dons e faça crescer entre nós a urgência da nova evangelização. Todos reconhecemos e damos graças ao Senhor pelo bem imenso que se tem vindo a fazer em prol das missões: A vida generosa dos nossos missionários, as experiências de voluntariado de curta ou longa duração, as semanas de animação missionária nos arciprestados, a geminação de famílias e de comunidades, o acolhimento de estudantes que procuram a Universidade ou os Institutos Superiores, a ajuda amiga aos imigrantes que esperam trabalho e anseiam por uma vida digna entre nós, o contributo económico para as Obras Missionárias Pontifícias. É muito ainda o que falta e se pode fazer. Por isso, recomendo insistentemente a todos os párocos que valorizem os subsídios recebidos da Comissão Episcopal das Missões e do nosso Secretariado Diocesano de Animação Missionária. Peço que se aproveite o envio dos jovens voluntários que nos meses de Verão fazem experiências missionárias e se promovam encontros de reflexão e de oração, convívios e festas em que haja espaço para a partilha de bens e para o testemunho. Exorto vivamente as famílias, sobretudo as que sentem a urgência da causa missionária, a que tomem iniciativas que julguem adequadas e acompanhem com solicitude e gratidão os que se dedicam inteiramente à Missão. Quero dirigir uma palavra especial às Irmãs contemplativas, sobretudo às Irmãs do Carmelo de Cristo Redentor que estão a celebrar as festas Jubilares do seu regresso a Aveiro. Que o exemplo de Santa Teresa do Menino Jesus – vossa Irmã na Ordem e Padroeira das Missões – vos estimule a viverdes cada vez mais a verdade do Amor que é o coração da Igreja e assim a estardes presentes na vanguarda da Missão. O Congresso Missionário oferece-nos uma excelente oportunidade apostólica e missionária a anunciar desde já a Missão Jubilar Diocesana que queremos viver em Aveiro ao celebrar o Jubileu da Diocese. É desejo de todos que saibamos aproveitar esta oportunidade evangelizadora, com a sabedoria que vem do Espírito, com a bênção de Maria que nos deu o Grande Missionário do Pai e com a intercessão de Santa Joana que se dedicou inteiramente a Jesus Cristo após o regresso do Rei, seu pai, da expedição que tinha feito à África. Aveiro, 13 de Junho, dia litúrgico de Santo António de Lisboa, de 2008 António Francisco dos Santos Bispo de Aveiro

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Agência ECCLESIA

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