Encontro internacional decorre em Quito, até 15 de setembro
Quito, 08 set 2024 (Ecclesia) – O Papa saudou os participantes no 53.º Congresso Eucarístico Internacional (CEI), que se inicia hoje em Quito, apresentando a fraternidade como “condição essencial” para construir “um mundo mais justo, um mundo mais humano”.
“Recuperemos esta fraternidade radical com Deus e entre os homens. Somos um só, no único Senhor da nossa vida; somos um só de um modo que não somos capazes de compreender plenamente, mas o que compreendemos é que só nesta unidade podemos servir o mundo e curá-lo”, apela Francisco, numa mensagem gravada em vídeo.
O Papa encontra-se na Papua-Nova Guiné, segunda etapa da 45ª visita apostólica do pontificado e a mais longa, até ao momento.
Falando aos peregrinos e participantes reunidos em Quito, capital do Equador, Francisco elogia o lema escolhido para o encontro, ‘Fraternidade para curar o mundo’.
“É assim que crescemos como irmãos, é assim que crescemos como Igreja, unidos pela água do batismo e purificados pelo fogo do Espírito Santo”, declarou, na mensagem projetada durante o início da Missa inaugural do CEI.
O Papa sustenta que esta fraternidade deve ser “proativa”, dando o exemplo de uma religiosa alemã que morreu no campo de concentração de Auschwitz.
A irmã Angela Autsch (1900-1944), recorda, convidava todos a “revoltar-se contra o mal com gestos simples e, em certos ambientes, perigosos, a aproximarem-se o mais possível do sacramento do altar, a rebelar-se comungando”.
“Para ela, favorecer a comunhão frequente, sobretudo no domínio da oração pelo Papa e pela Igreja, então perseguida, era encontrar na Eucaristia um laço que fortalece o vigor da própria Igreja”, acrescenta.
São estes gestos simples que nos tornam mais conscientes de que se um membro sofre, todo o corpo sofre com ele; são eles que nos ajudam a tornarmo-nos os cireneus de Cristo, que tomou sobre si o peso da dor do mundo para curar o mundo”.
O 53.º CEI, com o tema ‘Fraternidade para curar o mundo. «Todos vós sois irmãos» (Mt 23,8)’, termina no próximo dia 15 de setembro.
A iniciativa conta com 53 delegações e cinco mil congressistas de todo o mundo, incluindo a delegação portuguesa, que conta com 22 elementos – um bispo, 12 sacerdotes, um religioso e oito leigos.
O Papa Francisco designou a Arquidiocese de Quito como sede deste congresso por ocasião da celebração do 150.º aniversário da consagração do país sul-americano ao Sagrado Coração de Jesus, “a primeira nação do mundo a fazê-lo”.
Este evento eclesial é organizado pelo Comité Pontifício para os Congressos Eucarísticos (Santa Sé), “em estreita ligação” com o comité local, que “procurará manifestar a fecundidade da Eucaristia para a evangelização e a renovação da fé no continente latino-americano”.
CB/OC
