Um decidido apelo a recuperar, dentro da Igreja, a coragem missionária para evangelizar o mundo propondo a Eucaristia como luz do novo milénio dá vida esta semana ao Congresso Eucarístico Internacional, em Guadalajara, com celebração de actos culturais, romarias e adoração ao Santíssimo Sacramento. Os cardeais, bispos, sacerdotes e teólogos reunidos na fase prévia, a fase reflexiva e teológica enumeraram tanto os desafios como as esperanças da fé na Eucaristia no umbral do Terceiro Milénio. Os participantes do Congresso definiram como um dos desafios essenciais a promoção das vocações religiosas e sacerdotais. De acordo com o bispo de Ratisbona (Regensburg, Alemanha) Gerhard Ludwig Muller, não faltam vocações, o que falta, “é a nossa confiança. É pecado nosso que não tenhamos suficientes sacerdotes”. Em outro dos desafios destacados é a necessidade imperiosa de fortalecer a união entre todos os cristãos sob a mensagem de Jesus Cristo: “Que todos sejam um”. Tal foi o sentido das palavras do cardeal Walter Kasper, que sublinhou que a Igreja, através da Eucaristia, “propicia a paz do mundo, e que o ecumenismo é o diálogo ao qual nos mandou Cristo desde a noite da Paixão”. O cardeal mexicano Javier Lozano Barragán, presidente do Conselho Pontifício para a Pastoral da Saúde, que disse a Zenit-El Observador que os dois grandes inimigos da fé na Eucaristia são a secularização e o fanatismo. “É tempo de começar a tarefa de globalizar a solidariedade”, referiu.