Durante décadas a O.C.I.C. (Organização Internacional Católica do Cinema) firmou o seu prestígio, em boa parte em função dos Prémios atribuídos em muitos festivais de cinema. O mundo não pára, o progresso obriga a remodelações, e a O.C.I.C. veio a ser integrada na Signis, em associação com a Unda, organismo paralelo para a Rádio e Televisão. Hoje a Signis é a organização da Igreja para a cultura nas áreas do Cinema, Vídeo, Rádio, Televisão e Internet, abarcando portanto, de forma geral, a comunicação social, com excepção da Imprensa. O seu prémio cinematográfico, que sucede ao anteriormente atribuído, mantém a presença em numerosos Festivais de Cinema, tendo em Portugal a participação anual no Festróia, Festival Internacional de Cinema de Setúbal. Em alguns casos, como acontece em Cannes, o prémio é atribuído em associação com a Interfilm, sob a designação de Prémio Ecuménico. A exemplo do que aconteceu há muitos anos com a O.C.I.C., a Signis realizará o seu Congresso do próximo ano na Tailândia, agora em Chiang Mai (Rosa do Norte), segunda cidade do país. Zona cultural por excelência receberá certamente os congressistas com a cordialidade extrema que recordamos de Banguecoque, no Congresso anterior. Para além das decisões essenciais para o prosseguimento estruturado da organização, na área de trabalho cultural será abordado o tema «Os Media para uma Cultura de Paz – Direitos da Criança, Promessa de Futuro». É mais que evidente a importância do tema, que não deixará de analisar as causas, certamente financeiras, da escassez de produções cinematográficas com a desejada qualidade para crianças. E, quando as há, são quase sistematicamente sob a forma de cinema de animação, esquecendo-se as excelentes produções dos anos 40 do século findo, com histórias simples, acessíveis, mas com o recursos a argumento e actores dentro dos parâmetros gerais dos restantes filmes. A atenção às crianças é, sem dúvida, o assegurar do futuro. Francisco Perestrello