Congresso da Família sob o signo da «provocação»

Nos dias 17 e 18 de Maio, organizado pela Diocese O Departamento Arquidiocesano da Pastoral Familiar de Braga apresentou ontem, no Centro Cultural e Pastoral, o Congresso da Família, cujo objectivo é reflectir sobre a realidade familiar e ser “provocação” não só à comunidade cristã mas também à sociedade civil. Na conferência de imprensa, na presença do Arcebispo Primaz, D. Jorge Ortiga, o padre Domingos Paulo Oliveira, assistente diocesano, e o casal José Maria e Conceição Sousa, coordenadores da Pastoral Familiar, deram a conhecer o programa dos dois dias, 17 e 18 de Maio, que vão servir para a reflexão em torno da questão familiar e simultaneamente para a celebração do Dia Arquidiocesano da Família. O Arcebispo de Braga começou por dizer que o congresso «não é um ponto de chegada mas um ponto de partida », reafirmando que a conclusão do triénio pastoral dedicado à família não significa o fim da reflexão e da preocupação dedicada à causa familiar. «É importante mostrar a família como um valor por excelência em si mesma», afirmou o também presidente da Conferência Episcopal Portuguesa. D. Jorge Ortiga apelou a uma «congregação de energias », quer da parte das paróquias quer dos movimentos de apostolado, e pediu «adesão em massa» de todos quantos se dedicam ao sector da família. Além disso, o Arcebispo Primaz revelou na sua intervenção que a realização deste congresso não significa que «nos colocamos contra o que quer que seja», pois «aceitamos os que pensam diferente de nós», e aclarou que, antes de mais, a pretensão desta celebração é a afirmação da identidade específica da Igreja e, como tal, em primeira instância, é uma iniciativa “ad intra”. O padre Domingos Paulo Oliveira afirmou, por sua vez, que o congresso «pretende fecundar a cultura e ser ponte convergente no progresso e na promoção da realidade». A par disso, quer «continuar a celebrar a riqueza do dom que é a família, para si mesma e para a sociedade», dom esse que não deve ficar guardado mas sim ser partilhado. O assistente da Pastoral Familiar referiu ainda que o evento quer dar resposta aos desafios actuais, assumindo «as responsabilidades face ao futuro da humanidade, segundo as oportunidades que a história vai proporcionando à família». Mais do que falar dos limites, dos problemas e das dificuldades da instituição familiar, «queremos continuar a apresentar a família como uma estupenda notícia para o terceiro milénio», disse também aquele sacerdote aos elementos da comunicação social presentes na sessão. José Maria e Conceição Sousa encarregaram-se da apresentação do programa do congresso. Assim sendo, D. António Couto, depois da saudação do Arcebispo Primaz, detémse no tema “Família – dom”. Seguidamente, Helena Guimarães modera o debate entre os congressistas e o mais recente Bispo Auxiliar de Braga. Depois do almoço, o Conservatório de Música Calouste Gulbenkian brinda os participantes com um momento cultural. Segue-se um painel sobre “Família – compromisso” a partir dos quatro itens que serviram de objectivos no caminho percorrido pelo plano pastoral 2005-2008. Quatro oradores vão intervir sob a moderação do jornalista António Marujo, do “Público”. O casal António e Dina Paiva falam sobre o “Anúncio”, o padre António Sérgio sobre “Celebração”, o padre Roberto Mariz sobre “Comunhão” e Vera Duarte sobre “Serviço Fraterno”. O casal Roberto e Maria do Rosário Carneiro apresentam o seu testemunho no domingo, a partir das 9h30, subordinado ao tema “Família – dom e compromisso”. A directora do boletim da Pastoral Familiar, Helena Guimarães, apresenta as conclusões do congresso, seguindo-se a celebração eucarística. Os organizadores do congresso deram ainda a conhecer que, durante os dois dias do congresso, algumas educadoras de infância e auxiliares de educação vão cuidar das crianças mais novas, dando assim a possibilidade de os pais participarem nos trabalhos. As inscrições estão abertas até ao dia 4 de Maio e podem ser feitas nos cartórios ou sacristias paroquiais, junto dos párocos, nos Serviços Centrais da Arquidiocese, e também junto das equipas, movimentos ou Departamento Arquidiocesano da Pastoral Familiar, bem como pelo e-mail jmgsousa@iol.pt. A inscrição normal por família custa cinco euros. Além disso, quem desejar almoçar nos dois dias deve desembolsar a quantia de 20 euros; se quiser almoçar apenas num dos dias, pagará 12 euros. Para os almoços, as inscrições são limitadas. Dia das Famílias No dia 18 de Maio, Braga, através da Pastoral Familiar, celebrará o Dia Arquidiocesano das Famílias. Ontem, em conferência de imprensa, o padre Domingos Paulo Oliveira disse que se aguarda «uma grande participação das famílias da diocese», tal como tem acontecido em anos anteriores, para manifestar e testemunhar a fidelidade aos valores do matrimónio cristão. Ainda segundo o assistente diocesano da Pastoral Familiar, «este dia será um momento de afirmação clara e inequívoca do modelo de família que a Igreja tem para oferecer ao mundo de hoje». Em concreto, a celebração deste dia consta de uma Eucaristia presidida pelo Arcebispo Primaz, na capela do Seminário de Nossa Senhora da Conceição, pelas 12h00, e que servirá igualmente de encerramento do congresso. O grupo infantil dos Pequenos Cantores de Amorim (Póvoa de Varzim) assumirá a animação litúrgica da celebração.

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