Congresso celebra 50 anos da Cáritas brasileira

“Onde há egoísmo, que eu leve a solidariedade”. Parafraseando São Francisco de Assis, D. Demétrio Valentini, Presidente da Cáritas Brasileira, resumiu assim o espírito do Congresso, a decorrer na cidade de Aracajú, Estado de Sergipe. Reunindo cerca de 400 pessoas de todos os Estados Brasileiros e nove países, entre agentes, leigos e leigas, padres e bispos, agentes da Cáritas e parceiros, a abertura do Congresso encheu de mística e animação o primeiro dia de celebração do Jubileu da Cáritas Brasileira. Centenas de velas e dezenas de tochas foram acesas, simbolizando o Jubileu. Chico Mendes, Rosinha Maxacali, Santos Dias, Zumbi dos Palmares. Os mártires do nosso tempo também se fizeram presentes, no grito permanente daqueles que hoje lutam por justiça. D.r Gregório Rosa Chaves, Presidente da Cáritas da América Latina e Caribe, lembrou Dom Oscar Romero e a importância da participação política, para que o mundo não permaneça injusto. A rede Cáritas Internationalis, que abraça todos os continentes com sua mensagem libertadora, saudou os primeiros 50 anos da Cáritas Brasileira. D. Demétrio lembrou os impasses vividos no país nesse meio século. Desde a tentativa de reconstruir a utopia da paz no período pós-guerra, quando nasceram organizações como a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, o Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM) e a própria Cáritas, até ao neoliberalismo e a globalização excludente. Na sociedade em que o sucesso individual vale mais que o pensamento colectivo, a Cáritas vê-se na encruzilhada das grandes expectativas, de um lado, e as grandes desilusões, de outro. “A causa maior da Cáritas é a causa da solidariedade”, salientou. A Cáritas Portuguesa está presente neste Congresso por uma delegação constituída por três elementos da direcção nacional. Parte desta delegação participará no IV Encontro III Fórum das Cáritas Lusófonas, a realizar depois do Congresso.

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