A Conferência Episcopal da República Democrática do Congo exige um verdadeiro compromisso democrático que assegure um futuro de paz no país. “Chegou a hora de empenhar-se a fundo no caminho da democracia”, afirmam os membros da Comissão Permanente da Conferência Episcopal Congolesa num comunicado difundido pela agência Fides no final da sua última reunião. No documento, intitulado “O Congo pertence-nos”, os Bispos afirmam que 2005 é um “ano eleitoral decisivo para o futuro do povo congolês”. Para este ano estão previstas as eleições políticas, que deverão marcar a conclusão do processo de transição iniciado com os acordos de paz de 2000 e 2003. “Esta transição, que deve ser a última, é o caminho privilegiado para instaurar um Estado de direito e assegurar uma estabilidade política e uma prosperidade duradoura no nosso país”, afirmam os prelados da Comissão Permanente. Segundo os Bispos “a situação social e política do país apresenta alguns sinais de esperança”, elencando a consciência comum de “pertença a uma única nação”, “o recurso à mediação em caso de conflito”, “o regresso do patriotismo” e a “recusa da guerra, por parte da população”. No campo da segurança, porém, a Conferência Episcopal mostra preocupação, especialmente por causa das informações que provêem das províncias no Norte Kivu, “onde movimentos de tropas continuam a ser assinalados”. “Tudo isto significa que nosso país está a correr perigo. Qualquer comportamento irresponsável e negligente é inadmissível” afirmam os Bispos, apelando à responsabilidade de todos, parlamento; governo, comunidade internacional, partidos políticos, população e agentes pastorais.
