Conclusões do Sínodo dos Bispos continuam em debate

Os membros do Conselho pós-sinodal reuniram-se em Roma para dar continuidade ao trabalho realizado pela XI assembleia geral ordinária do Sínodo dos Bispos, que decorreu de 2 a 23 de Outubro de 2005 sobre o tema da Eucaristia. O Sínodo dos Bispos pode ser definido, em termos gerais, como uma assembleia de Bispos que representa o episcopado de todo o mundo e tem como tarefa ajudar o Papa no governo da Igreja, com o seu conselho, para procurar soluções pastorais que tenham validade e aplicação universal. Sendo um órgão consultivo, oferece “proposições” e não posições definitivas. A partir destas propostas, Bento XVI tem agora a missão de redigir a exortação apostólica pós-sinodal, o documento conclusivo que será baseado nas “proposições” aprovadas pelos padres sinodais. Para realizar este trabalho, o Papa conta com uma ajuda específica, um Conselho pós-sinodal de Bispos, eleitos tanto pela assembleia (12 membros) como por ele mesmo (3 membros). Os membros do Conselho pós-sinodal dão assistência à Secretaria Geral do Sínodo, reunindo-se em Roma para avaliar os resultados do Sínodo e a sua aplicação. Nesta última reunião, os membros do Conselho debateram as “proposições” do Sínodo, procurando inseri-las num esboço de esquema geral. Segundo comunicado hoje divulgado pela Santa Sé, os trabalhos “levaram a resultados significativos para a redacção de um texto que, recolhendo as diversas modificações sugeridas, na fidelidade ao espírito colegial vivido pelos Padres Sinodais e às suas ricas indicações, se considere como expressão conclusiva do consenso dos Membros do Conselho e que proximamente será entregue ao Santo Padre”. As 50 propostas finais, votadas no último Sínodo, apresentam uma série de recomendações sobre algumas das questões mais discutidas na vida da Igreja. A versão oficiosa deste documento foi publicada em italiano e representa um guia essencial para perceber a importância deste primeiro Sínodo do pontificado de Bento XVI, que reuniu mais de 250 Bispos no Vaticano. A “lista final” (Elenchus finalis) está estruturada em três capítulos. Após uma introdução, que engloba duas proposições, o primeiro capitulo tem como título “O Povo de Deus educado na fé na Eucaristia”, com vários subcapítulos: “A fé na Eucaristia” (3-6); “Eucaristia e Sacramentos” (7-12); “Catequese e mistagogia” (13-17). A segunda parte trata da “Participação do Povo de Deus na celebração eucarística”, passando pela “Estrutura da celebração” (18-24, com algumas propostas de mudança nos momentos da Missa); “Ars celebrandi” (25-29) e “A participação dos fiéis” (30-37). O último capítulo refere-se à “Missão do Povo de Deus alimentado pela Eucaristia”, falando da “Eucaristia e a comunidade cristã” (38-41) e da “Eucaristia para o mundo” (42-49). A última proposição, intitulada “Verum Corpus natum de Maria virgine”, é a conclusão do documento.

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Agência ECCLESIA

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