Conclave: Trabalhadores cristãos esperam Papa corajoso na abordagem aos problemas da Igreja e da sociedade

Vice-presidente da Liga Operária Católica espera alguém que consiga tornar a mensagem de Cristo mais relevante «para a reconversão do mundo»

Lisboa, 13 mar 2013 (Ecclesia) – O vice-coordenador nacional da Liga Operária Católica – Movimento dos Trabalhadores Cristãos, espera que o novo Papa seja capaz de transformar a Igreja Católica numa instituição mais corajosa na abordagem dos seus problemas e dos desafios do mundo.

Em entrevista concedida à Agência ECCLESIA, José Rodrigues salienta a necessidade de um pontificado que “arrume a casa” e que enfrente de forma decidida questões que “as pessoas querem ver clarificadas”, como as situações de “homossexualidade e pedofilia” no seio da Igreja.

O responsável observa que, depois dos casos que foram tornados públicos, “os cristãos e não só” precisam de algo que os faça “acreditar” na Igreja, enquanto instituição “capaz de ser luz” no meio da sociedade.

Por isso, é preciso um Papa que lute por uma Igreja “onde todos os homens se sintam bem”, onde “a Cúria Romana seja séria” e onde os homens integrados na estrutura eclesial “assumam seriamente o testemunho e a missão que lhe foi confiada por Deus”, complementa.

No plano social, José Rodrigues considera que falta à Igreja alguém que consiga tornar a mensagem católica mais relevante “para a reconversão do mundo”, a partir de uma linguagem que “fale da vida às pessoas”.

“Se assim não for, a Igreja continuará a andar sempre atrás e nunca ao lado da realidade, o mundo construir-se-á sem a presença dos cristãos e dos católicos”, alenta o vice-presidente da LOC-MTC.

José Rodrigues destaca ainda a importância de um Papa que consiga “desmistificar a questão da caridade”, para que ela não seja confundida com “assistencialismo”, mas aponte para a definição deixada por Paulo VI, ou seja, uma caridade que ajude as pessoas a terem acesso a “condições dignas” de vida e a darem um “contributo” válido para a sociedade.

O membro da direção da Liga Operária Católica termina a sua reflexão desejando que o novo Papa traga uma Igreja mais aberta à presença dos leigos, nomeadamente no que diz respeito à “ordenação das mulheres”.

“Não há padres, as vocações são cada vez menos, então é preciso criar algum mecanismo, alguma estrutura que motive as pessoas a assumirem este caminho da evangelização”, conclui.

LS/JCP

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Agência ECCLESIA

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