Conclave: Imposição de segredo alarga-se a todos os que contactam com os cardeais

Motoristas, cozinheiros, floristas, pessoal da limpeza ou guardas suíços são algumas das pessoas que vão prestar juramento a 5 de maio

Foto: Vatican Media

Cidade do Vaticano, 03 mai 2025 (Ecclesia) – A obrigação de segredo sobre o que acontece no Conclave alarga-se, além dos cardeais, a dezenas de pessoas, como motoristas, cozinheiros, floristas, pessoal da limpeza ou guardas suíços, entre outros.

Os “oficiais e assistentes” do Conclave vão prestar juramento na segunda-feira, pelas 15h00 (menos uma em Lisboa), na Capela Paulina, situada no primeiro andar do Palácio Apostólico do Vaticano.

Em 2013, antes da eleição de Francisco, esta cerimónia juntou cerca de 90 pessoas, que auxiliaram os cardeais no processo de eleição.

As atuais normas sobre o Conclave preveem a presença de elementos, “para acudirem às exigências pessoais e de serviço, conexas com a realização da eleição”: o secretário do colégio cardinalício (D. Ilson de Jesus Montanari), que desempenha as funções de secretário da assembleia eleitoral; o mestre das celebrações litúrgicas pontifícias (D. Diego Ravelli), com oito cerimoniários (número determinado por Bento XVI) e dois religiosos adscritos à sacristia pontifícia; um eclesiástico escolhido pelo primeiro cardeal na ordem de precedência (D. Pietro Parolin), para lhe servir de assistente na direção dos escrutínios; alguns religiosos de diversas línguas para as confissões, bem como dois médicos e enfermeiros para eventuais emergências; as pessoas dos serviços técnicos, de alimentação e de limpeza; os condutores que transportam os eleitores entre a Casa de Santa Marta e o Palácio Apostólico.

O grupo inclui ainda o coronel e um major da Guarda Suíça, os diretores dos serviços de segurança e proteção civil do Estado da Cidade do Vaticano, com alguns colaboradores.

Todos são “devidamente advertidas sobre o significado e a extensão do juramento a prestar, antes do início das operações para a eleição”, pelo que prestam e subscrevem o juramento de segredo sobre tudo o que rodear o processo de eleição do novo Papa, sob pena de excomunhão.

Após terem sido instruídos sobre o significado do juramento, deverão pronunciar e assinar pessoalmente a fórmula prevista, perante o cardeal Kevin Joseph Farrell, Camerlengo da Santa Romana Igreja: “Prometo e juro abster-me de fazer uso de qualquer instrumento de gravação, de audição, ou de visão daquilo que, durante o período da eleição, se realizar dentro dos confins da Cidade do Vaticano, e particularmente de quanto, direta ou indiretamente, tiver a ver, de qualquer modo, com as operações ligadas à própria eleição”.

OC

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