Conclave: Fumo negro pela segunda vez na Praça de São Pedro

Eleição vai continuar à tarde com um máximo de dois escrutínios

Foto: Lusa/EPA

Cidade do Vaticano, 08 mai 2025 (Ecclesia) – As votações dos 133 cardeais reunidos no Conclave que decorre no Vaticano resultaram em fumo negro pelo segundo dia consecutivo e os responsáveis vão retomar à tarde os escrutínios para elegerem um novo Papa.

A ‘fumata’ que comunica o resultado da eleição começou a sair pelas 11h50 de Roma, (10h50 em Lisboa), e foi visível durante vários minutos.

A segunda reunião à porta fechada, na Capela Sistina, incluiu dois sufrágios durante a manhã, insuficientes para que qualquer nome chegasse à maioria de dois terços dos votos (89).

Os cardeais começaram o dia com uma Missa na Capela Paulina, no Palácio Apostólico do Vaticano, e seguiram para a Capela Sistina, onde um novo momento de oração antecedeu o reinício ao processo eleitoral, que começou na tarde desta quarta-feira.

A legislação de João Paulo II e Bento XVI sobre a eleição pontifícia prevê que haja um máximo de dois escrutínios, tanto na parte da manhã como na parte da tarde.

O segundo sufrágio tem início “imediatamente depois” do primeiro, caso este tenha sido inconclusivo.

Os cardeais regressam agora a Santa Marta, no Vaticano, para o almoço: neste local, os cardeais estão também proibidos de qualquer contacto com o exterior.

Às 16h00 os cardeais voltam à Capela Sistina, prevendo-se que os escrutínios comecem às 16h50.

Se os sufrágios forem inconclusivos, os eleitores recitam a oração de Vésperas e regressam às casas de Santa Marta e Santa Marta Vecchia, na qual residem durante o Conclave.

Milhares de pessoas estão reunidos na Praça de São Pedro, com os olhos postos na chaminé colocada sobre a Capela Sistina, passando pelos controlos de segurança junto às colunas que demarcam a entrada no Estado da Cidade do Vaticano.

A queima dos boletins de voto e a produção do fumo nas salamandras instaladas na Capela Sistina decorre após os sufrágios: o fumo branco será confirmado pelo toque dos sinos, aguardando-se que entre a aceitação da eleição pelo novo Papa e o seu aparecimento público na varanda central da Basílica de São Pedro passe cerca de uma hora.

As últimas sete eleições papais foram decididas após um máximo de três dias de votações, a data-limite para que, segundo a legislação da Igreja, os cardeais façam uma pausa nos sufrágios.

Esta interrupção para oração e diálogo, repetida após cada sete votações sem eleição do Papa, é mantida até um máximo de quatro séries de escrutínios, altura em que os cardeais poderão eleger apenas os dois nomes que tiverem obtido o maior número de votos, sempre por maioria qualificada.

Francisco foi eleito após cinco votações, entre 12 e 13 de março de 2013.

OC

 

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