Dia inaugural da reunião para a eleição do novo Papa chega ao fim após Missa, juramento e escrutínio na Capela Sistina
Cidade do Vaticano, 07 mai 2025 (Ecclesia) – A primeira eleição dos 133 cardeais reunidos no Conclave que hoje se iniciou no Vaticano resultou em fumo negro, o que significa que os responsáveis vão retomar na quinta-feira os escrutínios para a escolha do novo Papa.
A ‘fumata’ que surgiu às 21h00 de Roma (menos uma em Lisboa), durante vários minutos, foi acompanhada por milhares de pessoas na Praça de São Pedro e pelas câmaras do Vaticano, com transmissão online.
O processo eleitoral, regido por legislação de João Paulo II e Bento XVI, só acaba quando for obtida uma maioria de dois terços dos votos (89 neste caso).
As últimas sete eleições papais foram decididas após um máximo de três dias de votações; Francisco foi eleito após cinco votações, entre 12 e 13 de março de 2013.
Os 133 cardeais eleitores do Conclave estavam reunidos à porta fechada na Capela Sistina desde as 16h45 (hora de Lisboa), após a procissão inaugural e o juramento.
A eleição é dirigida pelo primeiro cardeal na ordem de precedência, D. Pietro Parolin, secretário de Estado de Francisco, que preside também aos momentos previstos pela liturgia própria.
Os presentes prestaram conjuntamente um juramento de “segredo” sobre o que diz respeito à eleição do Papa e comprometer-se a desempenhar fielmente a sua missão caso sejam escolhidos como o novo pontífice.
O dia começou com a Missa votiva pela eleição do “pontífice romano”, na Basílica de São Pedro, sob a presidência do decano (presidente) do Colégio Cardinalício, D. Giovanni Battista Re.
Os cardeais eleitores, após a recitação da oração de vésperas na Capela Sistina, jantam nas casas de Santa Marta e Santa Marta Vecchia, onde residem durante o Conclave, sem qualquer contacto com o exterior.
Neste local, os cardeais vão cruzar-se apenas com os responsáveis pelos serviços de limpeza, alimentação e segurança, para além dos condutores dos veículos que fazem o percurso entre a Casa de Santa Marta e o Palácio do Vaticano, todos eles sujeitos a juramento de segredo, sob pena de excomunhão.
OC