Professor universitário fala também na sinodalidade que “deve ser continuada”

Lisboa, 03 mai 2025 (Ecclesia) – O professor universitário, José Miguel Sardica, considera que o próximo Papa vai ter de honrar o “legado” deixado por Francisco e enfrentar os “desafios da agenda de 2025”.
“Vai ter de ser um Papa que enfrente os desafios da agenda de 2025 e que honre o legado que o Papa Francisco, nos deixou, ou seja, uma igreja em saída, uma igreja que acolha de forma concreta as margens, tanto margens geográficas como margens sociais, os mais idosos, os mais pobres, os deserdados, as vítimas de uma economia que mata, metaforicamente falando, e ao mesmo tempo um Papa atento aos desafios que a cúria romana e que a reforma da igreja impõe”, referiu em entrevista à Agência ECCLESIA.
Neste contexto, José Miguel Sardica fala numa palavra-chave que” deve ser continuada: sinodalidade”.
“A sinodalidade tanto se encontra com a reforma da igreja em instituição, e é uma igreja com dois mil anos e com o seu próprio peso, e a sinodalidade vai exatamente ao encontro, é um veículo de concretização da agenda de uma igreja virada para o mundo, uma igreja onde os leigos, onde as mulheres, onde os mais pobres devem ter uma palavra a dizer na construção de uma mensagem evangélica”, acrescenta.
No espaço de 12 anos, o número de países representados no conclave aumentou consideravelmente.
“Há muitos países com um eleitor apenas, portanto a diversidade em conclave será muito maior e provavelmente surgirão blocos espirituais e blocos geográficos”.
Depois da morte do Papa Francisco, a 21 de abril, na sequência de um AVC, a Igreja Católica vive um período de Sede Vacante, à espera do próximo Conclave, cuja cerimónia de entrada está marcada para a tarde de 7 de maio.
A conversa com José Miguel Sardica está incluída no programa 70×7 deste domingo, transmitido pelas 07h31, na RTP2, dedicado ao novo capítulo da história da Igreja Católica, com a morte do Papa Francisco e o início do Conclave.
PR/LFS