Conclave 2025: Padre Paulo Franco destaca que «abertura do Papa Francisco levou a que o próprio mundo se sentisse atraído pela figura do Papa»

Responsável pela Rádio Renascença testemunhou «ambiente que não deixa ninguém indiferente», na capital italiana

Foto: Agência ECCLESIA/PR

Paulo Rocha enviado da Agência ECCLESIA ao Vaticano

Cidade do Vaticano, 08 mai 2025 (Ecclesia) – O presidente do Conselho de Gerência do Grupo Renascença Multimédia destacou o ambiente “impressionante” que se vive na cidade italiana de Roma, “que não deixa ninguém indiferente”, à espera do fumo branco que anuncia a eleição do Papa.

“A abertura do Papa Francisco, a sua preocupação, o colocar uma Igreja de portas abertas, a adesão e a abertura a que todos tenham um lugar e uma presença na Igreja, eu penso que isso também levou a que o próprio mundo se sentisse atraído pela figura do Papa, e sentisse que também essa figura é fundamental e é importante na própria estrutura mundial”, disse o padre Paulo Franco, em declarações à Agência ECCLESIA.

O presidente do Conselho de Gerência do Grupo Renascença Multimédia destaca que “é impressionante” o ambiente que se vive aqui em Roma, pela presença dos media, de turistas e peregrinos, “que não deixa ninguém indiferente”.

“Eu atrevia-me quase a sintetizar em dois tópicos principais o que isto penso que significa e que nos revela: A primeira coisa é que a escolha de um Papa não é apenas a escolha de um líder da Igreja, é a escolha verdadeiramente de uma referência internacional. Uma referência que é importante para os católicos, obviamente, porque é o nosso pai na fé e, portanto, sentimo-nos órfãos sem pai e precisamos de um pai, e todo o mundo espera ansiosamente, numa ânsia positiva, esse verdito final”, explicou.

Segundo o padre Paulo Franco, o segundo tópico é o sentido que o Papa é também “um homem do mundo, é também um líder do mundo”, esse mundo que precisa de referências, e o Papa é uma referência mundial.

“É uma referência na geopolítica, é uma referência na diplomacia internacional, é uma referência nas pontes que ele consegue, ele e a sua estrutura, naquilo que são os diálogos internacionais, às vezes, do mundo polarizado, do mundo dividido, em que precisa verdadeiramente destas figuras que sejam também caminhos e construções de pontos nestes diálogos internacionais que são tão precisos, seja para a paz, seja para a justiça internacional”, desenvolveu o responsável pela emissora católica portuguesa.

Também isso se nota naquilo que é esta expectativa que todo o mundo, e a Comunicação Social aqui presente é a expressão disso mesmo, que todo o mundo anseie um bocadinho por aquilo que acontecerá e por aquilo que será o futuro a partir do centro do mundo que agora e neste momento é Roma.”

Na manhã desta quinta-feira, 8 de maio, as votações dos 133 cardeais reunidos no Conclave resultaram em fumo negro pelo segundo dia consecutivo, e os responsáveis vão retomar à tarde os escrutínios para elegerem um novo Papa.

“Mais do que o Papa A ou o Papa B, mais do que a sensibilidade O ou a sensibilidade B, é de facto esta espera por alguém que continue este trabalho e que continue no fundo este legado que o Papa Francisco nos deixou. Nesta certeza que não é propriamente uma questão de suceder ao Papa Francisco, mas é a questão de ocupar esse lugar do sucessor de Pedro que o Papa Francisco ocupou, e que agora há de ser outro a ocupar, independentemente de quem será”, salientou o sacerdote do Patriarcado de Lisboa.

O presidente do Conselho de Gerência do Grupo Renascença Multimédia acrescenta que “a sensibilidade dos cardeais”, segundo as informações das congregações gerais, reuniões que antecederam o Conclave, e da sala de imprensa da Santa Sé, para temas inaugurados pelo Papa Francisco, de março de 2013 a abril de 2025, “têm de continuar a estar na agenda do dia daquilo que é a ação da Igreja no Mundo”.

Segundo o padre Paulo Franco, os temas do pontificado de Francisco, foram importantes “para a transparência, para a defesa da verdade”, seja para o lugar àqueles que “tantas vezes estão silenciados”.

As últimas sete eleições papais foram decididas após um máximo de três dias de votações, a data-limite para que, segundo a legislação da Igreja, os cardeais façam uma pausa nos sufrágios.

PR/CB/OC

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