Francisco alargou fronteiras do Colégio Cardinalício, em dez consistórios
Lisboa, 28 abr 2025 (Ecclesia) – A Europa vai continuar a ser o continente com mais eleitores, no Conclave que se inicia a 7 de maio, mas deixou de representar a maioria absoluta dos eleitores, após os dez consistórios convocados por Francisco, no seu pontificado.
Desde 2013, quando os cardeais eleitores da Europa representavam 56% do total, Francisco tem vindo a alargar as fronteiras das suas escolhas, com uma mudança mais visível no peso específico da África, Ásia e Oceânia – então com 22 cardeais eleitores na soma dos três continentes.
Neste Conclave, a Europa representa 38% do total, com 51 eleitores (alguns dos quais com responsabilidades eclesiais noutros continentes), a América com 37, a Ásia com 23, África com 18 e a Oceânia com 4.
Os países com mais cardeais no Conclave, entre as 71 nações presentes (49, em 2013) são Itália (17 cardeais), EUA (10), Brasil (7), França (5), Argentina, Canadá, Espanha, Índia, Polónia e Portugal (4 cada), num total de 63 cardeais (47% do total).
Em 2013, após a renúncia de Bento XVI, o grupo que elegeu Jorge Mario Bergoglio estava distribuído geograficamente da seguinte forma: Europa – 60, América Latina – 19, América do Norte – 14, África -11, Ásia – 10 e Oceânia – 1.
Em 2005, após a morte de João Paulo II, a distribuição geográfica era semelhante: Europa – 58, América Latina – 22, América do Norte – 14, África – 11, Ásia – 11 e Oceânia – 2.
Para que surja um novo pontífice requerem-se dois terços (90, neste caso) dos votos dos presentes, uma maioria qualificada que Bento XVI decidiu ser a única maneira de escolher o seu sucessor, em junho de 2007, acabando com as situações de exceção que permitiam uma eleição com metade dos votos mais um.
OC