Vaticano divulga calendário de celebrações que antecedem eleição

Octávio Carmo, enviado da Agência ECCLESIA ao Vaticano
Cidade do Vaticano, 29 abr 2025 (Ecclesia) – A cerimónia de entrada no Conclave e o juramento para a eleição do Papa vão decorrer às 16h30 (menos um em Lisboa) de 7 de maio, anunciou hoje o Vaticano.
A procissão de entrada parte da Capela Paulina do Palácio Apostólico, com os cardeais eleitores, acompanhados pelo canto das ladainhas, até à Capela Sistina, onde, depois do canto do ‘Veni Creator’ pronunciam o juramento antes da eleição.
Participam na procissão, também, o vice-camerlengo (o arcebispo brasileiro D. Ilson de Jesus Montanari), o auditor geral da Câmara Apostólica e dois membros de cada um dos Colégios dos protonotários apostólicos, dos prelados auditores da Rota Romana e dos prelados clérigos de Câmara.
Os cardeais eleitores prestam, em primeiro lugar, o juramento de segredo sobre tudo o que diz respeito à eleição do Papa e comprometem-se a desempenhar fielmente o ‘munus Petrinum’ casos sejam escolhidos como o novo pontífice.
Terminado o juramento, todas as pessoas estranhas à eleição saem após a ordem ‘Extra Omnes’ (todos fora), dada pelo mestre das celebrações litúrgicas, D. Diego Ravelli, que permanece na sala junto com o eclesiástico escolhido para a segunda meditação, cardeal Raniero Cantalamessa, saindo ambos no final da reflexão.
Os lugares do Conclave serão fechados por dentro (responsabilidade do cardeal camerlengo, D. Kevin Joseph Farrel) e por fora (responsabilidade do substituto da Secretaria de Estado, o arcebispo Edgar Peña Parra).
A Missa pela eleição do pontífice vai ser celebrada também a 7 de maio, às 10h00 locais, na Basílica de São Pedro, sob a presidência do cardeal Giovanni Battista Re, decano do Colégio Cardinalício.
Além dos cardeais eleitores, está prevista no Conclave a presença de outros elementos, “para acudirem às exigências pessoais e de serviço, conexas com a realização da eleição”: o secretário do colégio cardinalício (D. Ilson de Jesus Montanari), que desempenha as funções de secretário da assembleia eleitoral; o mestre das celebrações litúrgicas pontifícias (D. Diego Ravelli), com oito cerimoniários (número determinado por Bento XVI) e dois religiosos adscritos à sacristia pontifícia; um eclesiástico escolhido pelo cardeal decano (D. Giovanni Battista Re) ou quem o substitui, para lhe servir de assistente; alguns religiosos de diversas línguas para as confissões, bem como dois médicos e enfermeiros para eventuais emergências; as pessoas adscritas aos serviços técnicos, de alimentação e de limpeza; os condutores que transportam os eleitores entre a Casa de Santa Marta e o Palácio Apostólico.
Todas elas são “devidamente advertidas sobre o significado e a extensão do juramento a prestar, antes do início das operações para a eleição”, pelo que prestam e subscrevem o juramento de segredo sobre tudo o que rodear o processo de eleição do novo Papa, sob pena de excomunhão.
Esse juramento vai ser prestado a 5 de maio, pelas 17h30, na Capela Paulina.
OC