Rio de Janeiro, Brasil, 15 jul 2011 (Ecclesia) – O II Concílio do Vaticano quis imprimir à “comunicação um tom humano” – sublinhou o diretor do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais, padre António Rego, num seminário sobre Comunicação para os Bispos do Brasil, a decorrer no Rio de Janeiro (Brasil).
Ao falar sobre «Pessoa digital, transformações antropológicas», o diretor do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais realça que o Concílio coloca o homem no centro, porque é ele que se comunica.
“[O Concílio] ultrapassou com muita elegância e humanidade a definição tecnicista [da comunicação]” – sublinha o site da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.
O orador compara o mundo digital com uma nova ágora, “praça estreita onde cabe a humanidade inteira”, no entanto adverte para a exclusão digital: “isto não é igual para todos”.
“Existem os pobres digitais, os analfabetos digitais, os exploradores e explorados digitais. Em todos os países e continentes há muitos para quem tudo isto não passa dum novo gadget, que nasce sempre nos mesmos ninhos, serve de interesses de quem sustenta o sistema, anestesia questões essenciais da existência, desvia a reflexão sobre o bem e o mal, a pobreza e a riqueza, a justiça social, a expressão da fé na sua genuinidade, o relativismo como filosofia, a verdade fragmentado em módulos pragmáticos, a vida retalhada em urgências do imediato, a divindade e o absoluto redesenhados à nossa medida” – lê-se no referido site.
Nesta atividade que teve o seu início esta terça-feira, no Centro de Formação Sumaré, Rio de Janeiro, Brasil, e encerra este sábado contou também com a presença de D. Cláudio Celli, presidente do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais que chamou a atenção para a comunhão eclesial que deve marcar as TVs católicas.
“A Igreja é uma comunhão e cada canal [de televisão] tem uma inspiração própria por isso é preciso ver em que medida se pode expressar uma comunhão eclesial pela pluralidade das TVs”, observou.
LFS
