Concatedral de Miranda recebeu ordenações

D. José Cordeiro presidiu à cerimónia e falou em mirandês, destacando a importância da vocação para o serviço

Miranda do Douro, Bragança, 09 dez 2013 (Ecclesia) – A Concatedral de Miranda do Douro recebeu este domingo a celebração de ordenação de dois diáconos, o que aconteceu pela primeira vez em 230 anos, cerimónia presidida pelo bispo diocesano, D. José Cordeiro.

“Responder à vocação de ver o invisível é próprio da pessoa humana”, disse o prelado, em mirandês, na homilia da missa que reuniu familiares dos nos diáconos, presbitério diocesano e de Zamora (Espanha), autoridades civis e religiosas.

A intervenção centrou-se na importância do chamamento de Deus, para que “ninguém se sinta fora do seu abraço”.

O bispo de Bragança-Miranda dirigiu-se pessoalmente aos novos diáconos, Manuel e Tiago, destacando a necessidade de uma “caridade verdadeira”, que passa por “muita atenção às necessidades de todos e em especial a solicitude pelos doentes e pelos pobres”.

Os diáconos, acrescentou, devem “escutar a Palavra de Deus e anuncia-la com fidelidade; amor a Maria, Mãe da Igreja e da vocação”.

D. José Cordeiro destacou que a celebração decorreu no contexto da visita pastoral “à terra e ao Arciprestado de Miranda”, em pleno “Ano da Vocação e no dia da solenidade da Imaculada Conceição, “padroeira de Portugal”.

 “A vocação e a missão andam juntas. Deus chama, consagra, envia e está sempre connosco. Se fomos batizados, crismados e somos participantes da Eucaristia e da Reconciliação já estamos, com efeito, imersos em Deus e chamados à felicidade”, declarou.

O bispo de Bragança-Miranda destacou, neste contexto, que “não há vocações para a mediocridade” e que a santidade “é exigente” e “não está em saldo”.

O diácono, palavra de origem grega que pode traduzir-se por servidor, é especialmente destinado na Igreja Católica às atividades caritativas, a anunciar a Bíblia e a exercer funções litúrgicas, como assistir o bispo e o padre nas missas, administrar o Batismo, presidir a casamentos e exéquias, entre outras funções.

A celebração foi apresentada como “um momento particularmente simbólico” no local que viu nascer a diocese, a 22 de maio de 1545.

Em 1780, o Papa Pio VI, pela bula ‘Romanus Pontifex’, reuniu as dioceses de Miranda e de Bragança numa só, com sede em Bragança.

A delimitação atual data de 1922, ano em que o Papa Pio XI, pela bula ‘Apostolicae Praedecessorum Nostrorum’, criou a Diocese de Vila Real e incorporou nela as 19 paróquias do arciprestado de Monforte: a Diocese de Bragança-Miranda passou então a coincidir com os limites do Distrito de Bragança.

OC

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Agência ECCLESIA

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