Comunidades cristãs inter-culturais

De 10 a 16 de Fevereiro, cerca de 30 pessoas relacionadas com a Pastoral das Migrações, quase todos missionários Claretianos, estiveram reunidos, em Fátima, para reflectir sobre a Pastoral dos Migrantes. De vários países da Europa, como disse à Agência ECCLESIA o Pe. Manuel António, Superior Provincial dos Claretianos, “a imigração de Leste é uma realidade em quase todos os países da Europa ocidental”. E adianta: “ela está presente, praticamente nos mesmos índices, em todos os países aqui presentes”. Perante estes dados, o comunicado final do encontro alerta para “a organização de cursos específicos de formação sobre a Doutrina Social da Igreja” e “construção de comunidades cristãs interculturais”. Linhas de acção que estão no seguimento dos apelos feitos pelo Pe. Rui Pedro, Secretário da Comissão Episcopal de Migrações e Turismo, sobre o repensamento “da Igreja Particular que, actualmente, acolhe várias raças, religiões e culturas”. Repensar a “eclesiologia da diocese” e a “própria catolicidade”, que outrora era vivida “do ponto de vista geográfico”. Hoje, esta vivência religiosa encontra a sua expressão “máxima no diálogo Inter-religioso”. Carlo Melegari, Director do Centro Italiano de Estudos sobre a Imigração e um dos oradores, referiu que “há uma grande complexidade que envolve este mundo” que passa também pelas leis “restritivas que a Europa tende a impor sobre o fluxo migratório”. Legislação que “muitas vezes cria hipocrisia” porque “favorece redes clandestinas de imigrantes ilegais”. Situações que pedem “um trabalho em rede com outros organismos eclesiais, de outras religiões e da sociedade civil” cita o documento final. E porque a imigração aumentará, devido às circunstâncias que os países pobres vivem, convém “participar em iniciativas civis de denúncia e promoção dos direitos humanos” – refere o comunicado final.

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