Comunidade suíça apela ao Papa por causa de glaciar

 

Em 1678 duas aldeias católicas nos Alpes suíços fizeram um juramento. Em troca de comportamentos virtuosos e uma procissão anual, pediam a Deus que impedisse um glaciar local de continuar a crescer. O aumento de tamanho do Aletsch tinha levado um lago a inundar-lhes as casas.

Mais de 430 anos depois, os habitantes de Fieschertal e de Fiesch, pediram autorização a Bento XVI para alterar a intenção do seu compromisso. A subida das temperaturas e consequente diminuição de nevões, tem levado o Aletsch a retroceder em cerca de 12% só na última década.

“Rezemos para que o glaciar deixe de derreter, e cresça, para que a coisa mais importante para a vida, a água, seja preservada”, pediu o Pe. Pascal Venetz.

“Sem o glaciar as fontes secam e as ribeiras deixam de correr. Isso constitui um grande perigo para os homens. As pastagens desaparecem e as aldeias morrem”, continuou.

Os glaciares atraem também muitos turistas ao longo do ano, sendo por isso importantes para a economia local. Os habitantes destas duas aldeias sabem que Bento XVI se mostrado preocupado pelas alterações climáticas, e esperam que ele se mostre disponível para os libertar do seu compromisso ancestral.

Investigadores estimam que até 2050 as temperaturas nos Alpes suíços vão subir 1,8 graus no inverno e até 2,7 graus no Verão.

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Agência ECCLESIA

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