Durante a sua recente visita à Itália, George W. Bush recebeu, na embaixada norte-americana, representantes da comunidade romana de Santo Egídio. Durante o encontro, o presidente dos EUA interessou-se pelos trabalhos que a comunidade realiza em todo o mundo, elogiando-os, e definiu os membros da Santo Egídio como “um exército internacional de gente de coração”. A comunidade, por sua vez, recordou a Bush que é a guerra a “mãe de todas as pobrezas”. E ainda, que, em Moçambique, enquanto a comunidade trabalhava como mediadora da paz, os norte-americanos eram “meros observadores”. O comentário “impertinente” foi recebido com um sorriso por Bush, revelou o presidente da comunidade, Marco Impagliazzo, na conferência de imprensa realizada após o encontro. Impagliazzo sublinhou ainda, ter pedido ao presidente dos EUA que não se esquecesse do Sul do mundo. História A Comunidade de Sant’Egidio nasce em Roma em 1968, logo após o Concílio Vaticano II. Hoje é um movimento de leigos, ao qual aderem mais de 50.000 pessoas, empenhado na evangelização e na caridade em Roma, na Itália e em mais de 70 Países de vários continentes. É uma “Associação pública de laicos da Igreja”. As várias comunidades, espalhadas pelo mundo, partilham a mesma espiritualidade e os mesmos fundamentos que caracterizam o itinerário de Sant’Egidio. Defendem o diálogo, indicado pelo Vaticano II como via da paz e da colaboração entre as religiões, mas também como modo de vida e como método para a reconciliação dos conflitos. A Comunidade tem a sua sede na igreja romana de Sant’Egidio, da qual tomou o nome. Desde o início, no bairro de Trastevere, em Roma, existe uma presença contínua de oração e de acolhimento aos pobres e aos peregrinos.