Comunidade de Santo Egídio ao serviço da paz

Nasceu em Roma em 1968 após o Segundo Concílio do Vaticano. A Comunidade de Santo Egídio é essencialmente um movimento laical, ao qual aderem mais de 50.000 pessoas, empenhado na evangelização e na caridade, encontrando-se espalhado por mais de 70 países, que apesar das diferenças se encontram no desejo pela paz. O carisma deste movimento é assente na oração, na solidariedade com os pobres, no ecumenismo e no diálogo. Jovens, idosos, carenciados física e psicologicamente, ou as várias emergências humanitárias no mundo como no Afeganistão, Âlbania, Guatemala, Guiné Bissau, Kenya, Kosovo, Moçambique ou Sudão representam para a Comunidade de Santo Egídio um local ou uma pessoa que precisa de ajuda. Recentemente foi inaugurada uma escola para crianças hospitalizadas em Bissau, onde se encontram doentes de tuberculose e de SIDA, obrigadas a viver no hospital durante muitos meses. “Na Indonésia prestaram auxílio às vítimas do tsunami”, relembra Isabel Bento, representante da comunidade em Portugal, e “em São Salvador quando ocorreu o aluimento de terras ou ainda o projecto de luta contra a sida que temos”. Dependendo da realidade e das situações em que as populações se encontrem, a comunidade de Santo Egídio está presente, e tenta minimizar estragos e de alguma forma ajudar. Uma grande cadeia de amigos, “que vão trazendo outros amigos” e se vão juntando para ajudar, é assim que Isabel Bento, descreve os esforços conjuntos de quem quer trabalhar para a construção da paz. Exemplo disso foi o tradicional almoço de Natal em Lisboa, que juntou cerca de 150 pessoas para partilhar uma refeição. Entre eles sem abrigo que durante todo o ano acompanham “e no Natal não os queríamos deixar sozinhos”, exclama. Estar presente, mostrar proximidade é assim que fazem o seu trabalho, que não se pauta tanto por exposição mas “por um acompanhamento permanente”, explica à Agência ECCLESIA. Sendo uma comunidade essencialmente de leigos, estão num diálogo permanente com várias religiões, exemplo disso é a marcha pela paz, que estão a organizar para o dia 1 de Janeiro de 2007. Decorrente do desejo de João Paulo II de assinalar mais profundamente o Dia Mundial da Paz, pelo 5º ano consecutivo pretendem juntar vários líderes religiosos nesta manifestação que se quer pública “e não é exclusiva dos católicos, porque todos desejam a paz”, afirma Isabel Bento, recordando que em anos anteriores vários não crentes se juntaram a esta marcha, que acima de tudo “quer dar voz de uma forma forte a todas as religiões para que se juntam e fruto do trabalho de cada comunidade, possam construir a paz”. Ao longo do ano, a comunidade de Santo Egídio tem a sua oração semanal, “aberta a todos os que se queiram juntar”, na Igreja das Chagas. Não havendo um plano concreto, “estamos atentos ao que vão acontecendo e daí nos organizamos”. Mas Isabel Bento sublinha “o estar junto de quem necessita”, sendo este um marco ao longo do ano.

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Agência ECCLESIA

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